Exportações de carne de frango crescem 14% em janeiro
Última atualização 11 de fevereiro de 2016 - 10:27:40
Embora as projeções para este ano sejam menos otimistas por conta da crise do milho, janeiro começou com bons indicadores para a avicultura.
As exportações brasileiras no mês atingiram 316, 8 mil toneladas, crescimento de 14% frente ao mesmo período do ano passado, segundo a AssociaçÃo Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O saldo dos negócios rendeu ao país R$ 1,827 bilhÃo, alta de 40,4% em relaçÃo a janeiro de 2015. Na moeda norte-americana, porém, houve retraçÃo de 8,8% e resultou em US$ 451,1 milhões.
Para a ABPA, o incremento nas compras de mercados importantes como o Egito, Emirados Árabes Unidos, Kwait, China e Hong Kong impulsionaram o índice de janeiro. Na avaliaçÃo do presidente do Sindicato Patronal dos Criadores de Aves de Santa Catarina (Sincravesc), Valdemar Kovaleski, a confiança dos importadores na qualidade do produto brasileiro, a sanidade e o atrativo comercial sÃo os grandes atrativos da produçÃo nacional. “O Ministério da Agricultura projeta que em 2018 o agronegócio brasileiro responda por 10% do mercado universal, isso é um indicativo firme de que nÃo apenas a avicultura, mas o agronegócio continua num crescimento seguro”, complementa.
Kovaleski afirma que o índice de crescimento em janeiro aponta para boas expectativas em relaçÃo à exportaçÃo no decorrer do ano, mas ressalta que para isso é preciso resolver o impasse da alta no preço do milho. “É preciso fazer uma boa gestÃo deste percalço, pois a variaçÃo no preço é enorme e é preciso encontrar urgentemente uma alternativa que solucione esse problema.”
MILHO
Para a avicultura, o ano começou com cotações de grÃos cerca de 50% acima dos preços praticados em outubro. O presidente do Sincravesc diz que o custo eleva as dificuldades e isso pode impactar no volume de produçÃo, o que seria um risco para o setor. “Acredito que vai ser encontrado um ponto de equilíbrio, no sentido de que a gente possa destinar ao consumo interno o volume necessário para satisfaçÃo plena e disponibilizar o excedente para a exportaçÃo. Para isso precisamos de uma gestÃo eficiente”.
PAUTAS DO SETOR
O transporte ainda é um dos grandes entraves para a avicultura no Oeste, aponta Kovaleski. Ele destaca que as rodovias da regiÃo precisam ser eficientes e retoma a necessidade da duplicaçÃo da BR-282, conectada com a BR-470, para o acesso ao Porto de Itajaí. “Estamos surpresos com o volume de produçÃo da avicultura catarinense em 2015 e deflagramos um trabalho para identificar a razÃo dessa queda.
O envolvimento do governo estadual é fundamental para retomarmos patamares anteriores e mantermos o homem no campo”.
Assim como a FederaçÃo da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), o presidente do Sincravesc repudiou a tentativa de tributar as exportações do agronegócio brasileiro. Ele disse que a medida pode gerar um grande desestímulo para o produtor e vai ao contrário do desempenho da avicultura na economia do país.
A iniciativa revoga a isençÃo da contribuiçÃo previdenciária que hoje beneficia produtores que exportam pelo menos parte da produçÃo.
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