As exportações catarinenses fecharam 2013 com redução de 2,6%, apesar da elevação registrada no mês de dezembro, mostram dados divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) na segunda-feira (13). No ultimo mês do ano, os embarques subiram 3,76% na comparação com novembro, totalizando US$ 706 milhões, mas no ano o total embarcado ficou 2,6% menor do que em 2012, registrando US$ 8,689 bilhões, desempenho em linha com o resultado nacional, negativo em 0,16%.
Os números refletem o mercado internacional, que ainda inicia o processo de recuperação, a volatilidade do cãmbio e as questões de competitividade da indústria brasileira, que enfrenta questões como a carga tributária elevada, a legislação trabalhista engessada e deficiências graves de infraestrutura que oneram os custos de produção, avalia o presidente da FIESC, Glauco José CÔrte. “Em 2013, apesar da elevação da cotação, o dólar registrou forte volatilidade. Acreditamos que em 2014 ele possa ser um fator positivo para contrabalançar um pouco as questões sistêmicas que tiram competitividade da indústria brasileira”, disse, ressaltando, contudo, a necessidade do setor empresarial seguir insistindo nas reformas estruturais.
CÔrte considera o histórico catarinense nos embarques para estimar uma retomada das vendas internacionais em 2014. “Se a recuperação da economia global se mantiver em linha com as atuais sinalizações, temos condições de voltar a exportar mais de US$ 9 bilhões, como em 2011”, acredita.
Entre os principais produtos exportados pelo Estado, os destaques positivos em 2013 foram os segmentos de soja, com alta de 63,1%, portas e soleiras de madeira (16,55%) e madeiras compensadas (12,31%). As maiores quedas nos embarques em 2013 foram registradas em motocompressores (19,14%), suínos (17,98%) e fumo (8,77%).
No grupo dos principais compradores dos produtos catarinenses, a maior alta nos pedidos veio da China, que adquiriu 23,46% a mais que em 2012 e se firmou na segunda posição com US$ 691,615 milhões. O Japão comprou US$ 523,568 milhões, 1,5% a mais que em 2012, e agora está no terceiro lugar. Com queda de 6,5% nas encomendas, os Países Baixos recuaram para a quarta posição. A liderança do ranking segue com os Estados Unidos, que teve leve alta de 0,33% e chegou a US$ 1,021 bilhão no ano passado.
Já as importações catarinenses fecharam o ano em US$ 14,778 bilhões, com alta de 1,56% sobre 2012. A variação foi bem inferior à do indicador nacional, que subiu 7,36% e atingiu US$ 239,621 bilhões. Entre os produtos mais importados por Santa Catarina, o destaque ficou com os automóveis, cujo valor das compras saltou de US$ 2,6 milhões para US$ 213,7 milhões, uma variação de mais de 8 mil por cento.
O saldo da balança comercial do Estado fechou 2013 negativo em US$ 6,090 bilhões, valor 8,19% superior ao contabilizado em 2012.
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