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Exportação de SC tem queda de 14% no 1º bimestre

Última atualização 13 de março de 2013 - 18:27:45

Florianópolis

As exportações de Santa Catarina no primeiro bimestre do ano somaram US$ 1,15 bilhão. O resultado é 14,3% inferior ao registrado no mesmo período no ano passado. O recuo ocorrido no Estado foi superior ao do Brasil (7,8%), divulgou a Federação das Indústrias (FIESC), nesta quarta-feira (13). No período, dos dez principais destinos das exportações catarinenses, sete tiveram queda: Estados Unidos (-11,6%), Argentina (-40,4%), Países Baixos (-17,5%), Japão (-5,3%), Reino Unido (-5,9%), China (-48,8%) e Rússia (-7,1%).

Os embarques aos Estados Unidos, principal destino das exportações de Santa Catarina, somaram US$ 131,9 milhões no período, o que representa 11,5% do total embarcado. As vendas à Argentina, o segundo principal comprador, totalizaram US$ 86,5 milhões. “No passado, os Estados Unidos chegaram a absorver cerca de um terço de nossas exportações, algo que até representava uma concentração excessiva. Mas o patamar atual pode ser elevado e a indústria catarinense deve fazer um esforço para recuperar espaço naquele mercado, porque ele tem uma capacidade de recuperação mais rápida do que a Europa em cenário pós-crise”, avalia o presidente da FIESC, Glauco José CÔrte.

Também houve redução dos embarques de seis dos dez principais produtos da pauta de exportação do Estado. Foram registrados decréscimos nas vendas de carne de frango (-5,2%), fumo (-37,4%), motocompressores (-11,4%), carne suína (-7,5%), blocos fundidos (-19%), motores e geradores elétricos (-5%).

O protecionismo da Argentina também tem levado as empresas a reduzir as exportações ao país vizinho, que passa por problemas na estrutura econÔmica e financeira, com falta de crédito, que está mais caro e acaba refletindo na redução do consumo.

Importações– As compras catarinenses no exterior nos primeiros dois meses do ano totalizaram US$ 2,17 bilhões, valor 11,5% menor que o registrado no mesmo período em 2012. Houve queda de 35,7% nas importações de catodos de cobre, para US$ 141,9 milhões. Este é o principal produto da lista de compras externas. Também ocorreram decréscimos de 42,2% nas importações de polietilenos, para US$ 40,3 milhões, e nas compras de pneus novos para Ônibus, caminhões e automóveis (-9%), para US$ 43,5 milhões.

Para CÔrte, o perfil das importações catarinenses, concentradas em insumos que são manufaturados pela indústria, mostra que “a chamada guerra dos portos não tinha embasamento estatístico”. Ele se refere à pressão exercida por outros Estados para aprovação da resolução do Senado que unificou as alíquotas interestaduais de ICMS, anulando os benefícios fiscais para as importações pelos portos catarinenses, sob o argumento de que esses incentivos prejudicavam a indústria brasileira.

A balança comercial catarinense acumula saldo negativo de US$ 1,02 bilhão.

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