A falta de chuva significa prejuízo, mas o excesso dela também. Após muita chuva no final de semana passada e início desta, os municípios da região sofrem para solucionar os problemas ocasionados pelo excesso de chuva. São casas alagadas e estradas intransitáveis, arrasadas pela força da água. Em Romelãndia, o vendaval acompanhado de granizo ocorrido na noite de quinta para sexta-feira e o grande volume de chuva ocasionaram o cancelamento das aulas por tempo indeterminado.
Segundo o engenheiro agrÔnomo e responsável pela Defesa Civil no município, Robson Scholtze, o vendaval destelhou pelo menos 25 residências nas comunidades de Linha Esperança, Santa Lúcia, São Cristóvão e Pinhal. Já no dia de ontem, após o grande volume de chuvas, as aulas foram canceladas por tempo indeterminado, já que as estradas não oferecem condições de tráfego. Scholtze acrescenta que o decreto de situação de emergência foi assinado na tarde de ontem.
Conforme o extensionista da Epagri regional, Domingos Donadel, em São Miguel do Oeste foram registrados aproximadamente 280 milímetros desde quinta-feira. Segundo Donadel, da quinta-feira até o final do sábado foram registrados aproximadamente 120 milímetros na área urbana, sendo que no domingo foram contabilizados mais 54. Ontem, terça-feira, mais 103 milímetros das 9h até às 15h.
SÃO JOSÉ DO CEDRO
Em São José do Cedro foi constatado uma situação crítica no centro da cidade, com nível de córregos elevados e várias residências inundadas (matéria na pág. 5). No interior, a situação também preocupa. Segundo o secretário de Transportes e Obras, Claudiomiro Ongaratto, as condições do clima não permitem que a equipe de obras solucione os problemas registrados e os danos nas estradas ocorrem em todo o município. A situação mais crítica é encontrada nas comunidades de São Mateus e Esperança Baixa. “Também temos muitas pontes para consertar e bueiros para desobstruir, mas o tempo dificulta porque não para de chover”, comenta.
BARRA BONITA
Em Barra Bonita, ontem à tarde as aulas foram canceladas já que muitas pontes estavam encobertas. Para hoje, as aulas ocorrem normalmente desde que a chuva e o nível do leito dos rios diminuam. As estradas também estão danificadas. Conforme o secretário de Administração, Dirceu Bernardi, todo trabalho construído em dois meses de serviço foi literalmente por água abaixo. Segundo ele, o que já estava ruim piorou, enquanto que as vias já recuperadas foram novamente destruídas. O mesmo ocorre em Belmonte, que no mês passado decretou situação de emergência devido às péssimas condições das estradas. Conforme o secretário de Transportes e Obras, Lenoir Klein, além da situação ter se tornado ainda mais crítica, o fato das chuvas continuarem não permite que os reparos sejam realizados.
GUARUJÁ DO SUL
Em Guarujá do Sul, alunos ficaram ilhados e não puderam comparecer às aulas na tarde de ontem, mas a previsão é que a aula ocorra normalmente hoje. Conforme o secretário de Transportes e Obras, Vanderlei Bianchini, a Secretaria tem realizado serviços emergenciais, ainda assim atrapalhados pela chuva, que segundo os serviços de meteorologia, deve seguir castigando a região nos próximos dias.
Após serem recuperadas, estradas são de novo destruídas
GUARACIABA
Em Guaraciaba, o excesso de chuva também causou prejuízos. Segundo o secretário de Obras, Izadir Arconti, as estradas gerais do município já haviam sido recuperadas quase em sua totalidade, mas com as chuvas de sábado, dia 9, grande parte ficou totalmente danificada e intrafegável. Ele cita ainda de que centenas de bueiros e alguns pontilhões também sofreram danos. Na cidade, as chuvas entupiram bueiros, alagaram estradas e a água invadiu algumas residências na Via Anchieta. Segundo Izadir Arconti, mesmo com chuvas, quando possível, os servidores estão trabalhando para agilizar os reparos. O secretário revela que em virtude desses transtornos, a Secretaria não atenderá a serviços particulares por um período de pelo próximo mês.
Chuvas também causam preocupação em Iraceminha
IRACEMINHA
Em Iraceminha, também no sábado, dia 9, o vice-prefeito Jeri Luiz Tumelero e o vereador Jovelino Baldissera fizeram roteiro pelo interior. A constatação foi de espanto, pois, de acordo com Jeri, inúmeros pontos de alagamento e pontes submersas foram registrados. “O que mais preocupa são pontes e bueiros nos quais a água passa por cima, deixando os caminhos inacessíveis”, ressalta. Conforme Jeri, pelo menos em sete pontos, pontes ou bueiros ficaram submersos nas linhas Santa Fé, Esplendor e Três Irmãos. Informações de populares apontam que durante a manhã e início da tarde de sábado choveu 120 milímetros.
SÃO JOSÉ DO CEDRO/SÃO MIGUEL DO OESTE
Os mais de 100 milímetros de chuva registrados na região entre às 9h e às 15h da tarde de ontem, terça-feira, causaram muitos transtornos e prejuízos em São José do Cedro e São Miguel do Oeste. No município cedrense, o problema foi ocasionado pela alta no leito do Rio Cedro. Casas do centro da cidade foram invadidas pela água, mesmo problema registrado no bairro São Cristóvão. No bairro, uma das casas alagadas foi a da dona de casa Neusa Cadori, moradora da rua Airton Senna.
A residência da vizinha dela, também foi atingida, como conta Janete Neumann, 41 anos, filha da proprietária. Janete revela que não é a primeira vez que a casa da mãe e da vizinha Neusa são inundadas. “Sempre venho aqui na mãe quando isso acontece. Não é a primeira vez. Acho que é a quinta vez”, revela. Segundo Janete, as casas inundadas foram construídas há aproximadamente 15 anos, em um loteamento feito pela prefeitura, quando o leito do rio foi desviado.
Ela pede uma providência, pois hoje o leito do Rio possui muitas árvores e vegetação que dificultam a escoação da água, inundando as ruas e casas. A reportagem do Gazeta Catarinense procurou a prefeitura para comentar o assunto, mas os responsáveis pelos setores de agricultura e serviços urbanos estavam justamente realizando o levantamento dos danos na cidade. Em São Miguel do Oeste, as chuvas de ontem causaram alagamento em pelo menos três residências, no bairro Salete, em São Miguel do Oeste.
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