Pesquisa inédita sobre tratamento da insuficiência cardíaca feita por catarinenses – Foto: Canva/Divulgação/ND
Um grupo de pesquisadores catarinenses apresentou um estudo inédito no maior congresso de cardiologia do mundo, o European Society of Cardiology (ESC), realizado no último dia 29 de agosto, na Dinamarca.
A pesquisa, que contou com apoio do Ministério da Saúde, representa um marco para o tratamento da insuficiência cardíaca no Brasil, pois, pela primeira vez, foi baseada inteiramente na realidade da população brasileira.
Coordenado pelos cardiologistas André d’Avila e Alexandre dal Forno, ambos de Florianópolis, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento (RS), o projeto Physio-Sync-HF analisou, ao longo de três anos, o tratamento de 178 pacientes em 14 centros de saúde distribuídos por todas as regiões do país.
Os participantes, de diferentes classes sociais, já estavam em tratamento otimizado tanto pelo SUS (Sistema Único de Saúde) quanto pela rede particular.
O objetivo foi comparar dois métodos de estimulação cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca: o tradicional, com marcapasso que sincroniza os batimentos do coração nos lados direito e esquerdo, e uma técnica mais recente conhecida como estimulação fisiológica, que atua diretamente no sistema natural de condução elétrica do coração.
Método tradicional é o mais seguro
Embora a nova técnica seja mais acessível em termos de custo e tenha apresentado bons resultados, os dados indicam que o método tradicional ainda é o mais seguro e eficaz dentro da realidade brasileira atual.
O estudo, no entanto, abre caminho para futuras discussões e avanços na adoção de tecnologias mais acessíveis sem perda de qualidade.
No Brasil, afeta cerca de 2 milhões de pessoas, com cerca de 240 mil novos casos diagnosticados anualmente, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. O alto custo do tratamento segue sendo um desafio para os sistemas público e privado.
Fonte: ND
Pesquisa inédita sobre a insuficiência cardíaca foi apresentada no maior congresso de cardiologia do mundo
Foto: Canva/Divulgação/ND
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