Estudo da Fiesc revela situação precária da BR-282
Última atualização 1 de fevereiro de 2016 - 09:05:24
A FederaçÃo das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) divulga na manhà desta sexta-feira, um estudo sobre as condições da BR-282, que liga o Oeste de Santa Catarina à BR-101, no Litoral. Considerada estratégica para o escoamento da produçÃo da agroindústria e também utilizada pelos turistas que circulam pela Serra e Litoral, a rodovia encontra-se em situaçÃo precária.
O estudo revela que há trechos com afundamento, desagregaçÃo e recalques na pista, causados pela falta de manutençÃo, restauraçÃo e conservaçÃo.
De acordo com a Fiesc, em 2012 o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) incluiu no Contrato de ReabilitaçÃo e ManutençÃo de Rodovias (Crema 2ª etapa) obras nos 193 quilômetros entre o acesso a Chapecó e SÃo Miguel do Oeste. Passados dois anos e meio, o contrato foi rescindido sem a realizaçÃo das restaurações, terceiras faixas, acostamentos e sinalizações previstas. O trabalho da federaçÃo também faz um panorama da situaçÃo das BRs-163 e 158.
O Crema previa para a BR-282 a implantaçÃo de 43 quilômetros de terceiras faixas para garantir maior segurança aos usuários, mas nenhum quilômetro foi executado. A empresa contratada limitou-se a fazer operaçÃo ¿tapa-buracos¿ e roçadas na estrada. Enquanto isso, o pavimento foi se deteriorando. No início de 2015 uma nova companhia foi contratada. Porém, o novo contrato nÃo contemplou as obras previstas no Crema, como terceiras faixas.
A empresa atual tem três contratos em andamento que preveem obras como recuperaçÃo do pavimento nos seguintes trechos: do acesso a Chapecó até SÃo Miguel do Oeste (BR-282); de Maravilha a Iraí (Rio Grande do Sul BR-158) e de SÃo Miguel do Oeste até Dionísio Cerqueira (BR-163).Segundo o levantamento da FederaçÃo, a empresa tem executado obras de qualidade, contudo, há somente uma frente de trabalho, em Maravilha, quando seriam necessárias pelo menos mais quatro frentes.
– Uma série de obras complexas previstas no Crema nÃo foram executadas por problemas de gestÃo. O novo contrato contempla menos obras e está sendo executado num ritmo que nÃo dá perspectivas de condições de segurança para o tráfego – afirma o engenheiro Ricardo Saporiti, que percorreu as rodovias em novembro de 2015.
Quando da execuçÃo dos serviços de conservaçÃo corretiva rotineira, o trabalho recomenda a utilizaçÃo prioritária de remendos profundos, em vez dos ¿tapa-buracos¿ que estÃo sendo feitos e que, visivelmente, ¿nÃo estÃo apresentando resultados satisfatórios, motivados pela rápida desagregaçÃo dos materiais empregados¿.O estudo da FederaçÃo defende ainda agilidade no processo de concessÃo do segmento da BR-282 que vai de Irani até o acesso a Chapecó, que tem pronto o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) desde março de 2015. O EVTEA é pré-condiçÃo para a rodovia ser concedida.
A FIESC defende ainda a concessÃo dos segmentos que vÃo da BR-470 até a BR-116; de SÃo CristóvÃo do Sul (BR-116) até Irani; de Chapecó até SÃo Miguel do Oeste e de Maravilha a Iraí (BR-158 – RS). O trecho da BR-163 entre SÃo Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira demanda medidas emergenciais para realizar as desapropriações dos imóveis localizados nas faixas de domínio, além de alocaçÃo de recursos para executar o contrato vigente, para reiniciar as obras que estÃo paralisadas desde o final de 2014. O estudo destaca que grande parte das obras de arte especiais (como pontes, viadutos e proteções de taludes) e de terraplanagem já foram executadas e a empresa contratada está com a estrutura de britagem e usina de asfalto instaladas.
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