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Estudo da Fiesc aponta pontos críticos em rodovias que cortam as regiões Oeste e Extremo-Oeste

Última atualização 4 de agosto de 2017 - 10:47:19
Com investimento de R$ 14,1 milhões, rodovias estaduais e federais que cortam as regiões Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina ganhariam mais segurança. Estudo da FederaçÃo das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) avaliou os principais pontos críticos das BRs 282, 158 e 163, além das SCs 163, 480, 283 e 157 e constatou que a realizaçÃo de 21 interferências, entre implantaçÃo de terceiras faixas, faixas de pedestres, recomposiçÃo de asfalto e melhoria de sinalizaçÃo, tornariam os trechos mais seguros para os usuários. O levantamento integra o Projeto de HumanizaçÃo das Rodovias da regiÃo e foi apresentado durante reuniÃo da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da instituiçÃo, realizada em Chapecó, nesta terça-feira (1º), com a participaçÃo de lideranças da regiÃo. A iniciativa faz parte do Grupo de Trabalho Rodovias Oeste SC do Futuro. O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, salientou que a vida humana deve ser sempre priorizada e destacou que o Projeto de HumanizaçÃo propõe ações relacionadas com a política e gestÃo que podem amenizar os acidentes. “Estamos cientes da dimensÃo dos investimentos necessários para suprir a regiÃo com um sistema de transporte condizente com a pujante atividade econômica e, particularmente, a industrial. Por isso, levando em conta as dificuldades que temos de obtençÃo de recursos e de decisões que realmente mudem o perfil do transporte em termos de ampliaçÃo e melhorias das rodovias, vamos oferecer uma proposta que seja viável e que é possível realizar, visando, sobretudo, a reduçÃo dos acidentes que ocorrem na regiÃo”, afirmou.
Côrte ressaltou ainda que os R$ 14,1 milhões de investimento propostos representam 1% do que a regiÃo gera anualmente em ICMS. “O Oeste merece. Precisamos fazer uma grande mobilizaçÃo em torno dessa proposta. Se concretizada, poderá representar uma reversÃo no número de acidentes”, disse, lembrando que a FIESC, junto com as lideranças da regiÃo, tem discutido as prioridades de investimentos e a definiçÃo de corredores rodoviários que levam em consideraçÃo as cadeias de suprimento e distribuiçÃo da indústria. “A regiÃo precisa ser ouvida em suas demandas. NÃo podemos aceitar que Brasília tome decisões sem que conheça nossas demandas e a nossa realidade”, completou.
O vice-presidente para assuntos estratégicos da FIESC, Mário Lanznaster, disse que o Oeste cresceu e está isolado por falta de infraestrutura. “Hoje, sai um caminhÃo atrás do outro com carga de alimentos para o Brasil e o exterior. É impressionante o movimento. E a rodovia é a mesma de muitos anos atrás”, afirmou, lembrando que nÃo há perspectiva para a implantaçÃo de uma ferrovia. “Mas tem que ir martelando, martelando. O povo do Oeste nÃo desiste”, resumiu. O presidente da Câmara, Mario Cezar de Aguiar, salientou que Lanznaster fez um panorama realista da situaçÃo da infraestrutura na regiÃo. “Historicamente, sabemos que o Oeste nÃo tem sido contemplado com a atençÃo devida pelas autoridades. Mas, em conjunto, precisamos encontrar uma soluçÃo para a segurança e a trafegabilidade das rodovias”, disse. Em sua apresentaçÃo, Aguiar destacou números da PRF que mostram que Santa Catarina possui 15 dos 100 trechos mais críticos de rodovias federais do País – o Estado ocupa a segunda e a quarta posiçÃo (dados de 2015). Santa Catarina também é o segundo Estado da FederaçÃo com maior número de acidentes, atrás somente de Minas Gerais. Além disso, mais de um terço do orçamento dos hospitais dos grandes centros urbanos catarinenses é gasto somente com acidentes.
PONTOS CRÍTICOS
O levantamento mostra que para realizar melhorias nos trechos estaduais, os custos estÃo previstos em R$ 7,39 milhões e para as estradas federais, calcula-se que sÃo necessários R$ 6,73 milhões. Para estimar o custo das obras sugeridas, utilizou-se a tabela de preços do Deinfra, com preços básicos do mês de abril de 2017. O trabalho contempla as rodovias: BR-282 km 479 (VargeÃo), BR-282 km 536 (Sede PRF/Chapecó), BR-282 km 536 (Sede PRF/Chapecó), BR-158 km 107 (Cunha PorÃ), BR-282 km 605 (Maravilha), SC-163 km 62 (Descanso), SC-163 km 106 (Iporà do Oeste), BR-163 km 74 (Guaraciaba), SC-480 km 86, 87, 89, SC-283 km 147, SC-283 km 51 (Seara/ArabutÃ), SC-283 km 75 (Arvoredo), BR-282 km 520 (Xaxim), BR-282 km 603, SC-283 km 15 (ArabutÃ), SC-480 km 152 (Marechal Bormann), ligaçÃo da BR-282 com a BR-158 (Cunha PorÃ), SC-157 km 6 (linha SÃo Paulinho) e SC-157 km 24.O estudo técnico foi baseado nos principais pontos críticos que apresentaram elevado índice de periculosidade, segundo dados coletados nos relatórios de acidentes das Polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar Rodoviária (PMr/SC). Após a catalogaçÃo dos principais pontos críticos, foram executados os levantamentos de campo. O trabalho foi realizado pelo engenheiro Ricardo Saporiti com colaboraçÃo do engenheiro Saulo de Noronha Nascimento.
A regiÃo Oeste de Santa Catarina tem 1,4 milhÃo de habitantes, um PIB de R$ 42,6 bilhões (18% de SC) e um PIB industrial que totaliza R$ 11,8 bilhões. A regiÃo possui 46,4 mil estabelecimentos, dos quais, 9,6 mil sÃo industriais. Também reúne 395,8 mil trabalhadores, dos quais 153,1 mil na indústria.
Com investimento de R$ 14,1 milhões, rodovias estaduais e federais que cortam as regiões Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina ganhariam mais segurança
Os R$ 14,1 milhões de investimento propostos representam 1% do que a regiÃo gera anualmente em ICMS
Santa Catarina possui 15 dos 100 trechos mais críticos de rodovias federais do País – o Estado ocupa a segunda e a quarta posiçÃo (dados de 2015)

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