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Estrangeiros representaram 28,4% dos turistas no litoral catarinense

Última atualização 29 de março de 2019 - 09:22:21

Turistas com menor poder de compra foram os que mais circularam no litoral de Santa Catarina na temporada, conforme aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC) apresentada nesta terça-feira (26). Se por um lado os números retratam um verão aquém do esperado, por outro apontam diferentes oportunidade.

A maioria dos turistas que passou o verão em SC situa-se entre duas faixas de renda: R$ 1.893 a R$ 4.730 (35,9%) e R$ 4.731 a R$ 7.568 (20,9%). Nesta temporada, cada grupo de turistas desembolsou, em média, R$ 4.465,00, puxado principalmente pelos gastos com hospedagem (R$ 2.827,00) e alimentação (R$ 1.191,00).

“Conhecer a fundo o perfil dos turistas que circulam no litoral catarinense e seus diferentes comportamentos de consumo é essencial para a tomada de decisão, tanto para o empresário do setor, como para o governo – que precisa direcionar investimentos, planejar políticas públicas e reforçar promoção do Estado, entre outras ações propositivas”, ressalta presidente da Fecomércio/SC, Bruno Breithaupt. 

Perfil do turista

Historicamente, o próprio brasileiro é o maior cliente do turismo catarinense – em 2019 representou 71,6%, porém o percentual vem caindo desde 2013. Na análise da série histórica é possível perceber também a tendência de queda no percentual de catarinenses desfrutando das praias no Estado.

Já a participação de estrangeiros está avançando nos dois últimos anos: em 2019 representou 28,4%, pouco baixo do ano passado (29%). Mesmo com a crise no país vizinho, os hermanos argentinos (20,6%) tiveram participação expressiva ao nosso litoral. A fatia de turistas do Paraguai (2,9%) e Chile (1,4%) também cresceu, sinalizando um público que pode ser conquistado nos próximos anos. Os principais destinos foram Balneário Camboriú (33,3%) e Florianópolis (32,5%).

Mudança no comportamento

A pesquisa aponta uma tendência de crescimento na procura por imóveis alugados durante a temporada de verão em SC. Neste ano representou 34,9% das hospedagens, à frente dos hotéis ou similares (34,7%) e casa de parentes e amigos (22,5%). Entre os imóveis alugados, as plataformas de compartilhamento de imóveis (como o Airbnb, Booking, entre outros) tiveram a maior alta nos últimos três anos – de 2,3% de participação em 2017 saltou para 28,1% em 2019. Este crescimento acompanha a tendência do mercado global de economia compartilhada. 

Olhar do empresário

Quase 40% dos empresários avaliam a temporada como ruim ou muito ruim. A percepção sobre o resultado mostra o porquê da avaliação negativa neste ano: o gasto menor impactou diretamente no faturamento (-9,8%) e no ticket médio (R$ 173,00) das empresas. No setor de hotelaria, no qual foram entrevistados 117 meios de hospedagens, o recuo foi ainda maior (-19,5%) no caixa, refletindo em outros indicadores, como na queda da média de permanência (4,8 dias) e na ocupação dos leitos (72,1%).

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