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Estiagem afeta mais da metade dos rios de SC

Última atualização 26 de outubro de 2020 - 17:09:19

Foto: Divulgação/Casan

Segundo boletim divulgado pela Epagri nesta segunda-feira (26), dos 38 rios monitorados pelo órgão em Santa Catarina, 22 estão com seus volumes afetados pela estiagem. Entre os atingidos, 12 são considerados em situação de emergência, sete de alerta, e três em estado de atenção.

Os 12 pontos consideração em situação de emergência estão localizados nos municípios de Alfredo Wagner, Blumenau, Concórdia, Coronel Freitas, Joaçaba, José Boiteux, Mondaí, São Carlos, São Martinho e Tangará.

Segundo a Epagri, atualmente os menores níveis estão sendo registrados no Rio Tijucas, em São João Batista (-37 cm), no Rio Araranguá, em Forquilinha (-24 cm) e na Barragem Concórdia, em Concórdia (2 cm).

A falta de chuvas e a diminuição nos volumes dos rios estão trazendo prejuízos para o abastecimento da população. Segundo o governo do Estado, 106 municípios estão com dificuldades de abastecimento. Nas regiões Meio-Oeste e Oeste, algumas cidades já estão utilizando caminhões pipa para garantir o acesso a água. 

“Considerando a tendência de uma estiagem prolongada durante a primavera, nós já solicitamos aos prestadores de serviço os planos de emergência prevendo, desde já, as medidas necessárias para garantir o abastecimento regular durante o período de maior incremento populacional, principalmente nas regiões do litorâneas”, destacou a gerente de Fiscalização da Agência de Regulação de Serviços Públicos de SC (Aresc), Luiza Burgardt.

Agro

Além do consumo humano, a estiagem também tem causado preocupação na agricultura. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), a falta de chuvas está atrasando o plantio do milho e acarretado na má germinação das lavouras já semeadas.

“Muitos produtores estão tendo que investir na contratação de caminhões-pipa para abastecer as propriedades. Ainda não conseguimos mensurar os prejuízos, mas o relato dos produtores indica que não são pequenos”, destacou o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo.

Para o vice-presidente da entidade, Enori Barbieri, a estiagem deve fazer com que o Estado não alcance as estimativas para produção de milho nesta safra. “A previsão de colheita de 2,5 milhões de toneladas de milho na safra 2020/2021 em Santa Catarina certamente não será alcançada. O Estado terá que importar ainda mais milho no próximo ano”, ressaltou.

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