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Foto: Ana Paula Costa – Presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Palmitos, Armando Capel, destaca sobre os desafios enfrentados
A agricultura familiar é cultural para os catarinenses. Para se ter uma ideia, 42% dos terrenos de plantio possuem menos de 10 hectares. Ou seja, são espaços pequenos, com uma gestão reduzida, que entregam grandes produtos. No entanto, já estão sentindo os reflexos da pandemia
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no final de 2019, grande parte dos núcleos familiares catarinenses que possuem alguma terra dentro do estado, praticam a agricultura familiar como forma de sustento. No estado, a agricultura familiar é tão forte que movimenta mais de R$ 10 bilhões de reais, em valor bruto.
Ter 78% das terras rurais de Santa Catarina produzindo por meio do sistema da agricultura familiar pode assustar as pessoas do resto do Brasil, mas para o próprio estado isso não é uma novidade, e para a região Extremo Oeste Catarinense também não. Afinal, a agricultura familiar é cultural para os catarinenses. Para se ter uma ideia, 42% dos terrenos de plantio possuem menos de 10 hectares. Ou seja, são espaços pequenos, com uma gestão reduzida, que entregam grandes produtos. No estado, existem mais de 500 mil produtores rurais, que se dividem entre agriculturas de subsistência, comercial e, obviamente, familiar. Ainda de acordo com o IBGE, o valor bruto de produção agropecuária do estado foi de R$ 20,48 bilhões, apenas em 2017. Números extremamente altos e impressionantes. Com isso, a agricultura movimenta mais de 30% do PIB (Produto Interno Bruto) de Santa Catarina.
Fonte: d.costanorte.com.br
AGRICUTURA E A PANDEMIA
Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, a agricultura não pode parar, visando garantir a segurança alimentar da população no período de isolamento social.Em entrevista a reportagem ao jornal Expresso d’Oeste, o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Palmitos, Armando Capel, destaca sobre os desafios enfrentados pelos agricultores de nossa região, devido a pandemia. “Nossos agricultores já estavam tendo prejuízos por conta da estiagem, e agora com o coronavírus, pequenas propriedades sofrem ainda mais”, afirma.
Conforme o presidente, pequenas propriedades vivem com a renda da agricultura familiar, mas com o coronavírus, essa renda diminuiu muito, trazendo prejuízos. “Muitos agricultores vendiam seus produtos em feiras, ou levavam até a cidade, mas com a proibição de aglomerações, e as medidas de isolamento, se perdeu esta forma de conseguir uma renda”, relata. Segundo Capel, todo ano o sindicato prepara programações festivas, para comemorar o dia do colono e motorista, porém esse ano por conta da pandemia as festividades não poderão ser realizadas. “A gente realizava programações anualmente para comemorar esse dia especial, mas esse ano infelizmente não vai ser possível. Aproveito essa oportunidade, para parabenizar a todos os agricultores e agricultoras pelo belo trabalho desenvolvido”, finaliza.
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