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Entrevista |Valdir Cobalchini – Presidente em exercício do PMDB/SC

Última atualização 8 de setembro de 2015 - 09:45:43
Em 10 meses à frente do maior partido político de Santa Catarina, o deputado Valdir Cobalchini percorreu mais de 150 municípios, promoveu grandes e importantes eventos de mobilizaçÃo e oxigenaçÃo partidária, fez um diagnóstico da sigla, enfrentou a perda do senador Luiz Henrique e fortaleceu a unidade dos líderes. Hoje, segundo ele, o PMDB vive um novo momento, alinhado e focado nas eleições de 2016 e 2018.
O senhor assumiu a presidência do PMDB após uma eleiçÃo vitoriosa da sigla em 2014, quando o partido renovou as maiores bancadas na Assembleia Legislativa e no Congresso, além de reeleger Raimundo Colombo e Eduardo Moreira. Qual foi o desafio proposto e como tem sido a caminhada nestes 10 meses?
Com a licença do presidente Eduardo Moreira e do primeiro vice, Paulo Afonso Vieira, assumi a presidência do PMDB catarinense, em novembro de 2014. Nós da executiva entendíamos que, após da eleiçÃo estadual, era o momento de focar e preparar o partido para 2016. Sabemos que é uma eleiçÃo importante, fundamental para o projeto de candidatura própria em 2018. EntÃo, era necessário que alguém organizasse as atividades peemedebistas. Em comum acordo e incentivado pelos membros da executiva, assumi esse desafio. Desde entÃo estamos na estrada, unificando a sigla, ouvindo as bases, construindo o projeto do PMDB em cada um dos 295 municípios. Unidade partidária, fortalecimento da base e organizaçÃo partidária sÃo as chaves de nosso trabalho.
Em maio deste ano, o PMDB perdeu o seu maior líder. Como fica a sigla após a morte do senador Luiz Henrique. Quais têm sido os principais desafios desde entÃo?
NÃo só o PMDB, mas, a política catarinense perdeu seu maior líder. Luiz Henrique deixou uma marca em cada um dos 295 municípios do estado. Foi protagonista de uma era política. E, no campo partidário, a uniÃo do PMDB foi a maior liçÃo que ele nos ensinou. Por isso, resgatamos a unidade do partido para continuar honrando a memória do nosso timoneiro. Hoje o PMDB nÃo tem divisÃo, somos um só. No final de junho lançamos a Jornada da Unidade – Juntos Por Toda Santa Catarina. O movimento que prevê a realizaçÃo de 15 encontros regionais, até outubro, é uma homenagem a Luiz Henrique. Nesses encontros levamos mensagem de unidade, com a participaçÃo do vice-governador Eduardo Pinho Moreira, do senador Dário Berger, dos ex-governadores Casildo Maldaner e Paulo Afonso, além de deputados estaduais e federais. O resultado disso: a unidade cresceu e se fortaleceu no PMDB; as bases estÃo motivadas; ninguém mais tem dúvida de que vamos crescer em 2016 e consolidar a candidatura ao governo em 2018.
Paralelo aos eventos da Jornada da Unidade, estÃo sendo realizados semanalmente encontro nos municípios. Qual o objetivo dessas reuniões e os resultados dessa caminhada?
Já percorri mais de 160 municípios, sempre com a participaçÃo de lideranças e deputados de cada regiÃo. Levamos em cada reuniÃo um diagnóstico da situaçÃo partidária e colhemos as expectativas e necessidades de cada cidade. Os companheiros sÃo ouvidos. As bases ganham força e o partido inteiro se fortalece também. Hoje o PMDB está alinhado em todo o estado e focado na eleiçÃo que se avizinha.
O PMDB lançou resoluçÃo prevendo o lançamento de candidaturas a prefeito em todos, ou quase todos os municípios. Como isso será possível?
Nossa meta é lançar 250 candidatos a prefeito e levar o 15 a todos os municípios onde tem propaganda eleitoral na TV. Isso será possível porque estamos organizados e trabalhando nesse sentido. Elegemos os novos coordenadores regionais do partido, que têm papel fundamental nesse processo. Mapeamos a situaçÃo eleitoral de cada município, por regiÃo, e estamos acompanhando e construindo junto com as bases candidaturas sólidas. Time que nÃo entra em campo nÃo tem torcida. Os catarinenses terÃo a opçÃo de votar no 15 nestas eleições municipais, bem como em 2018. Isso é irreversível. Também definimos a criaçÃo de comitês temáticos que formularÃo as propostas que estarÃo nos Planos de Governo dos nossos candidatos a Prefeito.
O PMDB está promovendo uma ampla campanha de filiações. Quais sÃo os resultados obtidos com esta açÃo?
Após a elaboraçÃo do diagnóstico partidário, percebemos que mesmo sendo o maior partido, com o maior número de filiados, temos carências. Contamos com o apoio de quase 200 mil filiados, porém o número de jovens ainda é baixo. Eles representam 17%. Nossa meta é aumentar esse número para 30%. Da mesma forma as mulheres. É necessário que o segmento aumente sua participaçÃo na política catarinense. Porém, nÃo é só fazendo campanha de filiaçÃo que você aumenta a participaçÃo do jovem, da mulher, do idoso e de outros grupos. No PMDB estimulamos os segmentos partidários, renovando as executivas estaduais da JPMDB e do PMDB Mulher. Agora os municípios têm que fazer a sua parte, instituindo os diferentes segmentos de forma participativa. É preciso trabalhar em diferentes frentes, com foco num único objetivo.
E as eleições proporcionais?
Em julho o diretório estadual aprovou resoluçÃo que prevê como meta garantir no mínimo 10% dos votos para os vereadores do PMDB, em cada cidade. Para conquistar esse objetivo é fundamental lançar nominatas fortes de candidatos. E é nesse sentido que estamos trabalhando atualmente, estimulando os companheiros que podem concorrer, filiando novos nomes, construindo. O PMDB é o maior partido de Santa Catarina e está se preparado para continuar crescendo.
É cedo para falar em 2018?
NÃo há dúvida de que o PMDB terá candidato próprio em 2018. Isso é irreversível. O foco hoje é 2016, porque as eleições municipais sÃo fundamentais para o projeto estadual. Conquistamos a unidade partidária e com toda certeza o 15 estará na urna com candidato a governador. O primeiro requisito é a unidade do PMDB, desafio já alcançado. A parir daí, com maturidade, encontraremos o nome com as melhores condições para conduzir o nosso PMDB a mais uma grande vitória. Hoje, vejo que temos no vice-governador Eduardo Pinho Moreira, no deputado federal Mauro Mariani e no senador Dario Berger os nomes em melhores condições.
Em outubro o PMDB realiza a convençÃo estadual do partido para renovar executiva e diretório. Como será e composiçÃo dessas estruturas?
A convençÃo estadual do PMDB será a demonstraçÃo mais forte de unidade do partido. Estaremos todos juntos renovando nossa sigla, que em abril de 2016 completa 50 anos de realizações. NÃo tenho dúvida de que a nova executiva será eleita por consenso, assim como o diretório.

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