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Um novo modelo de calçado ocupa as vitrines – o creeper, que divide opiniões. Por ser um sapato de aspecto mais agressivo, à primeira vista parece que é uma onda que não vai colar. “O modelo era usado pelos soldados britãnicos na Segunda Guerra Mundial, por isso a sola mais alta e a cara de coturno”, explica a consultora de moda Flávia Itiberê. Nas décadas de 1950 e 1970, o creeper era usado pelos ted­­dy boys, movimento cultural inglês cujos integrantes adotavam um estilo de se vestir à la dãndi, bem aprumados, contrastando com o estilo do sapato resistente.
Mesmo ligado à cultura underground, o creeper não escapou das passarelas. Começando pela grife Dior, em 2004 e passando pela Prada (2011) e Triton (2012), em 2013 foi a vez de Karl Lagerfeld colocá-los no desfile da coleção outono/inverno da Chanel. Dá para usá-los com ou sem meia, dependendo do seu estilo. “Como é um sapato grande, ele deixa os pés em evidência. Se você achar melhor não dar tanto destaque, prefira usar com uma saia longa. Para contrastar, fica legal com calça skinny, saia ou shorts curtos”, indica Flávia.
Quem quiser usar, tem de assumir que a atenção vai se voltar toda para os pés. O mais comum é vê-los em materiais resistentes e pesados, como o couro, e em modelos unissex, mas há opções no mercado que trazem mais cor e um estilo bem feminino.
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