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Empresários questionam falta de destacamento da PM em Riqueza

Última atualização 29 de janeiro de 2021 - 19:16:39

Foto: Divulgação – Douglas Naibo

Diante do ocorrido, em entrevista ao Expresso d’ Oeste, o proprietário do estabelecimento assaltado, Douglas Naibo, destacou que é desanimador para pessoas de boa índole e trabalhadoras, passarem por situações como esta.   E solicitou mais rondas e policiamentos militares no município. “É a segunda vez que somos assaltados dessa forma, pessoas armadas em plena luz do dia, garantidas pela certeza de que não haveria sequer uma viatura da polícia militar na cidade, tanto é verdade que, a viatura da polícia militar vinda de Mondai, chegou no estabelecimento mais de 20 minutos depois do ocorrido. Liguei pro delegado Urqueta que chegou em menos de 2 minutos, mas, o que ele resolveria sozinho naquela hora? Os bandidos sabem disso, planejam sob essas falhas da segurança. Em 2013 no outro assalto um dos participantes do crime ficou de “vigia” na ponte de Mondai para avisar os demais caso a viatura viesse pra cá. Isso é um descaso”, ressalta com indignação o proprietário do estabelecimento assaltado.

Naibo acredita que, se houvesse destacamento no município, dificultaria a ação.  “Isso com certeza não aconteceria com tanta facilidade. Precisamos de mais policiais na cidade. Não sei de quem é a culpa por estarmos nessa situação, mas, os responsáveis precisam tomar providências. Segurança é um direito básico”, reivindica. Ele lembra que há anos os comerciantes solicitam um destacamento de Polícia Militar. “Desde que eu estava a frente da CDL, essa já era uma reivindicação dos lojistas aos poderes competentes para melhorar a segurança de nosso município”, recorda.

Foto: Divulgação – Jandrei Gallon

O atual presidente da CDL de Riqueza, Jandrei Gallon, reforça que essa é uma solicitação ainda pertinente e necessária. “Com os acontecimentos que se passaram neste início de ano, percebe-se que a segurança de nossa cidade tanto para as pessoas quanto para os comércios está ficando fragilizada”, frisa. 

Ele recorda que, há alguns anos o município passava por problemas parecidos que ‘já estavam esquecidos pelos riquezenses’, e então com o passar do tempo surgiram reivindicações para aumentar a segurança pública. “Fomos atendidos com mais policiamento e câmeras de segurança espalhadas pela cidade, tínhamos também uma empresa que prestava serviços de monitoramento em determinados pontos da cidade. No entanto hoje estamos estabilizados com a segurança, e ainda precisamos aumentar e evoluir nosso nível de monitoramento para que todos os municípios possam se sentir em total segurança”, reforça.

Para o munícipe Genuir Franciscon, o comerciante e a população não podem ficar à mercê do crime organizado. “Eu acho que há três princípios básicos que uma cidade deve ter, que seria a Educação, Saúde e Segurança. Isso é o básico de qualquer município, não tenha dúvida. E o município de Riqueza deixa muito a desejar no quesito segurança, é só pedir para a população aí, em termos de Polícia Militar, não temos um destacamento próprio”, aponta.

Para Franciscon embora este seja uma competência de nível estadual, toda a sociedade e esferas públicas precisa se unir para resolver essa necessidade de policiamento mais efetivo no município. “O Estado diz, você tem a segurança do Estado, mas quando você precisa de auxílio em alguma uma emergência, você não tem, somente a polícia civil. o município fez um investimento no monitoramento, sim, mas a câmera não inibe nada pra acontecer as coisas, a câmera tá ali, ela não vai defender o cidadão, ela vai dar parâmetros para polícia investigativa depois do conhecimento, mas a câmera na verdade não inibe a ação do meliante no comércio”, exemplifica.

Comandante da PM diz que não há projeto de sede própria em Riqueza

Foto: Divulgação – Marcelo de Wallau da Silva

A reportagem do Expresso d’ Oeste, conversou com o Comandante de Batalhão de Fronteira (11o BPM/Fron) na Polícia Militar de Santa Catarina, Marcelo de Wallau da Silva, que antecipou a possibilidade de mais reforço da PM no município. “O destacamento hoje que nós temos em Riqueza, e ele conta com dois policiais militares lotados no município, onde na escala, nós temos todo um regramento para emprego, de tanto tempo de serviço, e tanto tempo de folga. Quem faz o atendimento da Polícia Militar em Riqueza, é o município de Mondaí. E até o momento, não houve nenhum tipo de prejuízo na atividade, já que a guarnição de Mondaí, ela tem se feito presente ali no município”, explica.

Conforme Wallau, em meados de dezembro de 2020, houve uma formatura do curso de formação de soldados em Florianópolis, esse pessoal está sendo empregado na operação Veraneio no litoral, e no mês de março, devem estar sendo distribuídos nas unidades de todo o Estado de Santa Catarina. “Mas não temos um quantitativo, de quantos policiais militares virão aqui para área da 9ª. Região, mas vindo mais policiais para cá, Riqueza com certeza vai receber um reforço”, anuncia. Frisou ainda que o índice de assalto na área da 9ª Região é extremamente baixo e que o município recebe operações frequentes da PM.  

“Vem sendo dado atenção, além do emprego do efetivo de Mondaí, em apoio a Riqueza, tem sido realizado operações frequentes ali naquela região, com pelotão de Patrulhamento Tático, com o nosso efetivo do grupamento de motos daqui de São Miguel, como é uma metodologia que é empregada em todos os municípios aqui da área”, informa. Questionado sobre um possível destacamento exclusivo no município explicou que para este ano, não há projetos. “O nosso destacamento, ele tá aquartelado junto com a delegacia da polícia civil, nesse momento não existe previsão para construção de uma sede própria lá em Riqueza, então o destacamento permanece aonde ele está, até que haja alguma tratativa nesse sentido, mas para 2021, não há nenhuma previsão até o momento, da construção ou aquisição de alguma sede própria”, conclui.

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