Na primeira etapa do programa Mais Médicos, do governo federal, 46 profissionais se inscreveram para trabalhar em 28 cidades catarinenses. Segundo o Ministério da Saúde, o conjunto de cidades do estado solicitou 503 médicos para atuar em suas unidades básicas.A próxima etapa de inscrições no projeto está marcada para 15 de agosto e deve durar cerca de duas semanas (veja vídeo).
Nesta terça-feira (6), às 14h, o Ministério da Saúde vai divulgar a relação completa dos profissionais efetivados no Mais Médicos. Sairá também a lista das cidades agraciadas. O programa pretende atrair profissionais brasileiros e estrangeiros para trabalhar nas áreas mais remotas e também nas periferias. Brusque no Vale do Itajaí, foi um dos 174 municípios do estado inscritos na primeira fase do programa Mais Médicos e solicitou a contratação de 11 profissionais. A cidade vai receber apenas quatro deles.
“Brusque vive a mesma relação que vive qualquer município do interior de Santa Catarina ou do Brasil. Nós temos uma demanda reprimida grande de profissionais médicos, temos uma dificuldade em que o profissional efetue o seu vínculo com as comunidades na unidade básica de saúde, na estratégia de saúde da família onde ele está vinculado”, disse Alan Rodrigo Alcantara, diretor-geral de Planejamento Estratégico do município.
Este foi um dos assuntos discutidos na reunião da Diretoria da Frente Nacional de Prefeitos, realizada na segunda-feira (5), em Brasília. Em todo o país faltam 15 mil médicos, mas apenas três mil profissionais brasileiros se inscreveram no programa. A expectativa é que as vagas sejam preenchidas na segunda fase.
“Nós vamos precisar continuar com a inscrição de médicos brasileiros e, certamente, precisaremos ir em outros países atrás de médicos para suprir aonde não existe número suficiente de médicos brasileiros para atender a população”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Os prefeitos pedem ainda que o governo federal destine mais recursos para a Saúde. Eles defendem um projeto de lei de iniciativa popular que prevê o repasse de 10% da receita bruta da União para o setor.
“Hoje não existe prefeitura no país que gaste menos de 20% do seu orçamento com a Saúde, chegando, em alguns casos, em até 33%. Nós precisamos de mais recursos, porque quem responde pela saúde pública é o gestor público municipal. Então, é fundamental que os governos estaduais e o governo federal possam contribuir com mais recursos para atender essa demanda”, declarou José Fortunati, presidente da Frente Nacional de Prefeitos.
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