Home Em mês decisivo, SC tem nove pré-candidatos ao governo, um vice e três nomes para o Senado

Em mês decisivo, SC tem nove pré-candidatos ao governo, um vice e três nomes para o Senado

Última atualização 3 de julho de 2022 - 18:32:31

A definição dos candidatos ao governo e ao Senado em Santa
Catarina segue com as últimas interrogações a serem respondidas neste início de
julho. O mês marca o início das convenções partidárias, que se iniciam no dia
20 e devem solucionar os impasses ainda existentes nos partidos a três meses
das eleições de 2022.

Até o momento, SC tem nove pré-candidatos ao governo. A
lista aumentou, nesta semana, depois que o empresário Antídio Lunelli (MDB)
recuou da decisão de aceitar ser vice de Carlos Moisés (Republicanos). O gesto
selaria de vez o acordo do MDB com o projeto de reeleição do atual governador,
mas teve uma reviravolta em reunião do partido. Antídio voltou a se apresentar
como pré-candidato ao governo e disse que pretende reivindicar a indicação na
convenção do partido, prevista para 23 de julho.

A decisão teria sido anunciada após o governador rejeitar o
nome do ex-prefeito de Jaraguá do Sul como vice. Para aumentar o impasse, o MDB
continua apontando Antídio como vice na chapa com Moisés, a despeito da recusa
do empresário. As informações sobre as idas e vindas no MDB foram trazidas
nesta semana pelo colunista Ânderson Silva, no quadro Desenho Político, do Bom
Dia Santa Catarina, da NSC TV (leia mais abaixo).

Indefinição do MDB à parte, outros cinco nomes já têm a
pré-candidatura pacificada pelos partidos. É o caso do governador Carlos
Moisés, do ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (União Brasil), e do
senador Jorginho Mello (PL),  que até já
percorrem o Estado em atos partidários. Além deles, o promotor de Justiça Odair
Tramontin (Novo) e o defensor público Ralf Zimmer Júnior (Pros) também são
apontados abertamente como pré-candidatos pelas suas legendas.

Definições esperadas para julho

Outras três pré-candidaturas também entram em julho na reta
final da definição sobre se irão se manter na corrida pela Casa d’Agronômica.
Um desses casos é a pré-candidatura do senador Esperidião Amin (Progressistas).
O ex-governador tem reafirmado a disposição de concorrer. Ele é incentivado
pelo partido, que faz parte da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL),
e com isso poderia abrir mais uma raia bolsonarista no Estado. O partido teria
até mesmo o interesse de atrair o PSDB e o PTB para compor a coligação nas
vagas de vice e Senado.

Apesar dos planos do PP, Amin ainda não fechou portas
publicamente a outros projetos. No último fim de semana, voltou a se reunir com
o senador Jorginho Mello (PL), com quem discute uma aliança para a disputa. Na
semana passada, Jorginho sinalizou que a decisão sobre a presença ou não do PP
na chapa dele estava próxima, mas até esta semana não havia definição.

Disputa de Décio e Dário na esquerda

A outra interrogação que precisará ser respondida ao longo
deste mês é quem será o candidato da chamada frente de esquerda. O grupo reúne
as legendas que devem apoiar Lula na eleição presidencial, como PT, PSB, PSOL,
PCdoB, PV, Rede e Solidariedade, além do PDT, que terá a candidatura de Ciro
Gomes ao Planalto, mas que estará com o bloco de esquerda em SC.

A frente de esquerda está dividida em duas pré-candidaturas:
Décio Lima (PT) e Dário Berger (PSB). O impasse se arrasta há semanas e já
envolveu até mesmo reuniões com os diretórios nacionais, levando a questão aos
expoentes dos partidos e agora aliados, Lula e Geraldo Alckmin. A maioria das
legendas do bloco manifestou apoio a Décio, pela identificação com o PT e com
as legendas de esquerda, mas o PSB mantém a defesa da pré-candidatura de Dário,
apostando em um entendimento entre as legendas. O bloco definiu o dia 6 de
julho como data-limite para definir quem será o candidato.

Pré-candidatos ao governo de SC

Antídio Lunelli (MDB)

Carlos Moisés (Republicanos)

Décio Lima (PT)

Dário Berger (PSB)

Esperidião Amin (Progressistas)

Gean Loureiro (União Brasil)

Jorginho Mello (PL)

Odair Tramontin (Novo)

Ralf Zimmer (Pros) 

Vaga ao Senado tem apenas três nomes anunciados

s arranjos para definir os pré-candidatos ao governo incluem
também a composição das outras vagas das chapas majoritárias, como a de vice e
de candidato ao Senado. Nesses postos, tradicionalmente usados nas negociações
para atrair partidos às coligações, o cenário está muito mais aberto até o mês
que marca o início das convenções dos partidos.

No caso do Senado, até o momento há ao menos três
pré-candidatos anunciados pelos partidos. Trata-se de Raimundo Colombo (PSD),
Jorge Seif (PL) e Kennedy Nunes (PTB).

Colombo vem sendo anunciado pelo partido como nomes para o
Senado desde que declinou de concorrer novamente a governador para permitir o
apoio do PSD ao projeto de Gean Loureiro.

Jorge Seif (PL) foi o nome escolhido pelo presidente Jair
Bolsonaro para concorrer a uma vaga de senador. Ele já foi anunciado
oficialmente pelo PL como o nome para o cargo na chapa do senador Jorginho
Mello, pré-candidato ao governo.

Kennedy Nunes (PTB) vive uma situação diferente.
Pré-candidato declarado ao Senado há mais de um ano, o atual deputado estadual
ainda não definiu por que chapa pretende concorrer ao cargo. Uma possibilidade
é a aliança com o PP de Esperidião Amin. No entanto, o partido também já
admitiu conversas com João Rodrigues, do PSD, com vistas a um espaço na chapa
de Gean, ou até mesmo com um candidato próprio do PTB ao governo. A hipótese de
candidatura avulsa ao Senado já foi descartada.

Outras situações envolvendo o Senado ainda estão no campo da
especulação e das negociações. Na chapa do governador Moisés, o MDB, que deve
indicar o nome, tem três interessados em disputa interna: os deputados federais
Celso Maldaner e Rogério Peninha Mendonça e o ex-governador Paulo Afonso.

Na frente de esquerda, onde Décio Lima e Dário Berger
disputam a vaga para o governo, o PDT reivindica a vaga ao Senado e sugere os
nomes de Jorge Boeira e Fernando Coruja, mas ainda sem acordo entre todos os
partidos.

Pré-candidatos ao Senado em SC

Jorge Seif Júnior (PL)

Kennedy Nunes (PTB)

Raimundo Colombo (PSD)

Quem são os possíveis candidatos a vice em SC

Apenas uma pré-candidatura já tem um vice anunciado
oficialmente. É a de Gean Loureiro (União Brasil), que terá Eron Giordani (PSD)
como vice. O ex-chefe da Casa Civil do governo Moisés foi indicado pela
legenda, que já selou apoio ao ex-prefeito da Capital.

Nas outras chapas, apenas especulações cercam o posto de
pré-candidato a vice. Na chapa do governador Moisés, a vaga de vice está
prometida ao MDB. Semana passada, o partido indicou Antídio Lunelli, mas Moisés
teria rejeitado o nome, provocando também recuo do empresário. O governador já
mencionou nomes como o do deputado estadual Moacir Sopelsa como sugestão para a
vaga de vice. O MDB deve definir sua situação somente na convenção.

No PL, o senador Jorginho Mello ainda tenta atrair o
Progressistas para a chapa, oferecendo a indicação de vice. Nesse cenário, a
ex-prefeita de Florianópolis e atual deputada federal Ângela Amin poderia
ocupar a vaga. Caso o PP siga adiante na pré-candidatura de Esperidião Amin ao
governo, Jorginho deve ter como vice um empresário do próprio PL, de Joinville
ou Blumenau. Amin, por sua vez, também não tem vice indicado, mas negocia com o
PSDB para oferecer a indicação aos tucanos.

As pré-candidaturas de Décio Lima (PT) e Dário Berger (PSB),
que ainda disputam a indicação da frente de esquerda, não têm encaminhamento
claro para vice ou Senado. Os ex-deputados Gelson Merísio (Solidariedade) e
Ângela Albino (PCdoB) são cogitados como vice, mas sem nenhuma definição.

As pré-candidaturas de Odair Tramontin (Novo) e Ralf Zimmer
(Pros) ainda não têm indicações nem de vice, nem de candidato ao Senado.

Pré-candidatos a vice-governador em SC

Eron Giordani (PSD)

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