ROMELÂNDIA
Eleito para substituir Reni Villa, do PMDB , o prefeito eleito de Romelãndia, Elizio da Fonseca, do PSD, assume o governo em 1º de janeiro. Fonseca é bacharel em Ciências Contábeis e Direito e trabalha como tabelião. No currículo tem três anos como vice-prefeito e um ano como prefeito. Em entrevista ao Gazeta Catarinense, o futuro prefeito falou da expectativa em assumir o cargo a partir de janeiro.
Segundo Elizio, entre as prioridades de governo estão ações emergenciais na saúde, onde aponta a falta de médico como o principal problema. “Hoje nosso hospital não tem médico. Falta remédio e atendimento às pessoas. Esse é um ponto principal que teremos de atacar no nosso governo, porque se temos um povo doente, ele não tem ãnimo para trabalho”, comenta.
Além da saúde, Elizio vê a necessidade de investir mais na agricultura, visando o combate ao êxodo rural, grande problema enfrentado pelo município nas últimas décadas. No final dos anos 80, o município chegou a ter aproximadamente 13 mil habitantes, contra pouco mais de 5.500 apontados no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), realizado em 2010. O novo prefeito entende que esse processo de redução populacional pode ser freado com investimento na agricultura, a qual é responsável por 80% da receita, sendo a base de sustentação do município.
Entre os investimentos, o novo prefeito aponta ações de melhorias nas entradas das propriedades para que a produção seja escoada. Outra ação apontada por Fonseca é a implantação de transporte pelo interior, além de perfuração de poços e encanamento para de redes de água. Com isso, ele pretende combater a escassez de água nas comunidades do interior. “Temos que criar projetos e dar alternativas para que o agricultor tenha condições de permanecer no interior”, complementa.
Elizio também vê a necessidade de disponibilizar mais horas/máquina aos agricultores, além de levar internet e torre de celular para a comunidade interiorana. “Precisamos que o jovem do interior se atualize e se inclua no mundo, mesmo estando distante da cidade. São questões básicas que precisamos dar atenção”, diz o prefeito eleito, que vê nos investimentos em pequenas empresas mais uma forma de combater a saídas dos habitantes do município.
As ações apontadas por Elizio dão o indicativo de que a área social, com a saúde incluída, e a agricultura serão os principais focos de governo. Ele confirma isso, apesar de lembrar que há espaço para outros investimentos. Fonseca cita a educação, onde, segundo ele, é preciso uma linha de ação focada no transporte escolar e na qualificação dos professores. “Em pleno século 21 não dá para admitir chegar, como cheguei, em uma sala de aula e ver no quadro negro uma frase escrita por uma professora, onde havia vários erros de português”, exemplifica.
TRANSIÇÃO
O novo prefeito revela que a coligação trabalha na formatação da equipe de governo e no processo de transição. Justamente do processo de transição que vêm as informações que preocupam o novo prefeito. Segundo ele, há a informação de que o município tem mais de R$ 2,5 milhões em precatórios a serem pagos, sendo que praticamente 50% da atual receita está comprometida com funcionários efetivos. “Deparamos-nos com um município difícil de governar, fruto de atos de imprudências de outros administradores”, comenta.
Para driblar a falta de receita e seguir investindo, Fonseca entende que uma medida adotada terá grande eficiência: a contratação de um especialista em encaminhar projetos para angariar recursos juntos aos governos estadual e federal. “Não conseguimos mais sobreviver sem a interferência do Estado e da União”, argumenta.
A coligação que elegeu Elizio tem maioria na Cãmara. Ele não vê isso como uma vantagem para governar, pois entende que um prefeito que tem boas intenções não enfrentará problemas no Legislativo. “Nenhum vereador vota contra um projeto em benefício do povo”, finaliza.
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