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Eduardo Cunha rejeita impeachment, mas critica gestão de Dilma

Última atualização 17 de março de 2015 - 11:29:05

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (dir.), com o jornalista Mario Sérgio Conti, no programa 'Diálogos', da GloboNews (Foto: DivulgaçÃo/GloboNews)
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), classificou nesta segunda-feira (16) de “ilegalidade” e “golpismo” a discussÃo sobre um eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas criticou a gestÃo da petista no início do segundo mandato.
Cunha, que como presidente da Câmara tem a prerrogativa de admitir ou arquivar pedidos de impeachment do presidente da República, fez as declarações em entrevista ao jornalista Mário Sérgio Conti no programa “Diálogos”, da Globo News.
“DiscussÃo de processo de impeachment neste momento, com as circunstâncias que estÃo colocadas, beira a ilegalidade, a inconstitucionalidade, para nÃo dizer o golpismo. Ela foi eleita legitimamente. NÃo há o que contestar. Se aqueles que votaram nela se arrependeram do voto, vÃo ter esperar quatro anos para consertar. Ela tem todo o direito de governar”, disse.
Apesar de defender o direito de Dilma de cumprir o segundo mandato até o fim, Cunha disse que a presidente nÃo soube perceber que nÃo obteve “hegemonia” na disputa pela reeleiçÃo.

Para o presidente da Câmara, a petista achou que conseguiria resolver a divisÃo no país com distribuiçÃo de cargos a aliados e falhou ao fazer ajustes fiscais sem antes dialogar com a sociedade.
“Ela saiu desse processo eleitoral e nÃo teve a percepçÃo de que nÃo teve hegemonia política. NÃo teve hegemonia eleitoral. Teve vitória eleitoral. Começou o segundo mandato em crise política achando que a simples nomeaçÃo para cargos públicos seria suficiente. Sabia que tinha que fazer ajuste fiscal, começou a propor, mas sem discutir antes as medidas, nÃo só com aqueles que compõem a sua base, mas com a sociedade como um todo”, criticou Cunha.
O peemedebista comparou a postura de Dilma no segundo mandato com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Para Cunha, FHC teve mais “habilidade” que a petista no enfrentamento de crises após a reeleiçÃo.
“O Fernando Henrique, na reeleiçÃo, foi ao Fundo Monetário Internacional fazer empréstimo, fez correçÃo cambial, teve uma crise política, uma CPI, presidente do Banco Central preso, mas ele teve mais habilidade política para conduzir o processo naquele momento. E tinha uma base aliada mais sólida”, avaliou Eduardo Cunha, na entrevista à GloboNews.

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