A Diretoria de Vigilãncia Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde confirmou 304 casos de gripe pelo vírus Influenza em Santa Catarina. Do total, 129 são casos de Influenza A (H1N1), 75 de Influenza A (H3N2), dois por Influenza A (não subtipado) e 83 pelo vírus Influenza B.
Até esta terça-feira (6) foram confirmados 20 óbitos de gripe por Influenza, sendo 19 pelo subtipo viral Influenza A (H1N1) e um pelo Influenza B. Dois óbitos suspeitos de gripe estão em investigação, aguardando resultado do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen).
Segundo Eduardo Macário, gerente de Imunização da Dive, dos 20 óbitos12 tinham algum fator de risco associado, sendo que as pessoas pertenciam a grupos prioritários para vacinação. “Nove eram portadores de doenças crÔnicas ou fatores associados a agravamento e três eram idosos com idade superior a 60 anos”, destacou Macário e acrescentou que destes, dois idosos e um portador de doença crÔnica haviam sido vacinados neste ano contra a influenza.
Os dados mostram que o município de Jaraguá do Sul, no Norte do estado, tem o maior número de casos confirmados. Foram 54 casos, sendo 28 do vírus Influenza A (H1N1), 13 do vírus Influenza A (H3N2), sete relacionados ao Influenza B e seis são vírus Influenza A que estão aguardando a subtipagem pelo Lacen. O município de Joinville apresenta um total de 30 casos confirmados, dos quais 13 por Influenza A (H1N1), nove por Influenza A (H3N2), cinco por Influenza B e três Influenza A aguardando subtipagem.
Macário destaca que é fundamental o diagnóstico rápido e tratamento adequado. “Aos primeiros sinais de gripe, principalmente nesta época do ano, as pessoas devem procurar as unidades de saúde. Os profissionais estão alertados sobre o perigo da gripe e todas as unidades de saúde estão abastecidas com o antiviral Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), que deve ser dispensado gratuitamente mediante receita médica”, complementa Macário.
Os sintomas da gripe costumam ocorrer entre dois a três dias após o contágio, durando em média uma semana. Febre alta permanente e dificuldade de respirar são sinais que podem indicar agravamento do quadro, principalmente se ocorrer em crianças, idosos, gestantes, puérperas e portadores de doenças crÔnicas, como doenças cardíacas, pulmonares, diabetes, imunossuprimidos, obesos entre outros grupos mais vulneráveis que fizeram parte do grupo prioritário para vacinação contra a gripe.
O período de 21 a 27 de julho foi o que mais registrou casos confirmados de gripe por Influenza, com um aumento de 68% no número de notificações de casos de gripe no Estado em relação à semana anterior, com 25 casos confirmados. “Este aumento coincidiu com a passagem de uma frente fria que provocou temperaturas negativas e neve em várias regiões do Estado”, lembra Macário.
Fábio Gaudenzi, diretor da Dive, diz que não está indicada a suspensão de aulas e outras atividades para controle de surto de influenza como medida de prevenção e controle de infecção. “Tais medidas são comprovadamente ineficazes para conter a disseminação da gripe, pois mesmo fechando as escolas, os estudantes ficam expostos ao vírus em outros ambientes. Além disso, a escola pode ser útil na identificação precoce da doença”, explica Gaudenzi.
Por isto,o diretor recomenda a importãncia da higiene frequente das mãos com água e sabão ou com álcool e gel, principalmente depois de tossir e espirrar. “É importante também que as pessoas não usem as mãos ao tossir ou espirrar. Elas devem, preferencialmente, utilizar lenço de papel descartável ou mesmo o antebraço, e evitar contato com pessoas que apresentem sintomas de gripe”, orienta o diretor da Dive.
Outras medidas que devem ser tomadas são relativas à higiene ambiental. É preciso manter as salas e ambientes de trabalho limpos, arejados e de preferência com as janelas abertas. Os bebedouros devem ser higienizados pelo menos uma vez ao dia e a limpeza dos ambientes deve ser feita com água sanitária.
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