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Dilma se diz contra redução da maioridade penal

Última atualização 8 de abril de 2015 - 14:32:41

Foto: DivulgaçÃo
Pela primeira vez desde que a polêmica em torno da reduçÃo da maioridade penal se instalou e passou a ser discutida no Congresso, a presidente Dilma Rousseff se manifestou. E a postura da petista é contrária à proposta que reduz de 18 para 16 a idade mínima pela responsabilizaçÃo criminal.
“NÃo é a soluçÃo: os adolescentes nÃo sÃo responsáveis por grande parte da violência praticada no país. Os atos infracionais cometidos por eles nÃo chegam a 10% do total dos crimes praticados no Brasil há décadas”, afirma mensagem postada na página oficial da presidente no Facebook.
A decisÃo de se manifestar nÃo foi tomada sozinha por Dilma. No dia 30 de março, uma segunda-feira, ela se reuniu com seu conselho político para discutir a possibilidade. Os ministros Jaques Wagner (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça), Eliseu Padilha (AviaçÃo Civil) e Edinho Silva (Secretaria de ComunicaçÃo Social) se colocaram favor do posicionamento contrário.
Já o vice-presidente Michel Temer (PMDB) defendeu que o Planalto se mantivesse neutro devido à polêmica em torno do assunto.
Dando continuidade ao seu posicionamento, Dilma deverá usar Cardozo para seguir se manifestando. A postagem no Facebook contou com diversos números providenciados pelo Ministério da Justiça.
A pasta, agora, deverá ser crucial em pronunciamentos públicos sobre o tema — especula-se, inclusive, que Cardozo possa servir como porta-voz da presidência neste assunto.
O projeto de reduçÃo é uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) e, por isso, nÃo pode ser vetada por Dilma em caso de promulgaçÃo no Congresso. Dentro da Câmara o projeto é apoiado por seu presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto do governo.
A probabilidade é que ele seja votado e aprovado pela Casa até junho e, entÃo, encaminhado para o Senado.

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