Dia alusivo à gagueira traz a importância do tratamento
Última atualização 6 de novembro de 2017 - 10:57:36
No último domingo, 22, foi o Dia Internacional de AtençÃo à Gagueira, considerada pelos especialistas, uma desordem da fala caracterizada por alteraçÃo da fluência, ou seja, do ritmo da fala, que pode apresentar características diferentes para cada pessoa.
De acordo com a fonoaudióloga da Clínica ComunicaçÃo, Lia Boger, todos os gagos têm formas próprias de gaguejar, até porque, há sempre tentativas próprias de controlar a gagueira que determinam formas peculiares de falar. “Podemos ver repetições de sílabas ou palavras, bloqueios, prolongamentos e uso de sons e palavras extras. Atente-se que é um distúrbio que pode limitar de forma até bem severa a vida social, profissional e familiar do portador”.
As causas da gagueira sÃo principalmente linguísticas, no caso de desordem na organizaçÃo da linguagem pelas questões de base linguística e motora, psicológicas, que originam-se nos conflitos e situações emocionais e hereditárias, embora, neste caso, seja uma situaçÃo ligada a açÃo de outros fatores.
Lia ressalta que existem estudos sobre o efeito do feedback auditivo atrasado (delay auditory feedback- DAF) e da retroalimentaçÃo com a frequência alterada, que mostram que indivíduos gagos melhoram a fluência quando submetidos à procedimentos como Processamento Auditivo Central entre outras técnicas.
A fonoaudióloga esclarece que nÃo há idade definida para se ter gagueira, mas é importante que se saiba que, por volta de 3 anos, a criança pode apresentar sintomas de gagueira, e esta é a chamada gagueira fisiológica, que deve ser passageira, desde que seja vista como tal. Um fonoaudiólogo pode orientar os familiares quanto às ações neste momento. Se a criança apresentar sintomas antes dessa idade, ou depois, e estes persistirem, é provável que a gagueira se instale de forma definitiva, requerendo assim, atençÃo terapêutica. Também pode acontecer na puberdade, adolescência ou idade adulta.
O tratamento existe e é efetivo, e, como cada gago tem sua forma de gaguejar, o tratamento também é personificado, sendo um distúrbio que tem implicações emocionais, sociais e familiares, é preciso estabelecer as necessidades de cada caso, e trabalhar conforme essas. “Um fonoaudiólogo pode fazer esta análise e orientar o paciente para obter o máximo de controle sobre sua disfluência e todos os aspectos físicos e emocionais que afetam a sua comunicaçÃo”, finaliza Lia.
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