Cerca de 40% da população catarinense ainda não está vacinada contra a febre amarela. Doença que comprovadamente já circula pelo Estado, com a morte registrada em Joinville.
Para aumentar o alerta sobre a importância da vacina, a Assembleia Legislativa encaminhou uma recomendação para que o governo do estado amplie as formas de divulgação da campanha de vacinação contra a febre amarela, que segue até 20 de abril.
O deputado padre Pedro Baldissera (PT), autor da indicação, justifica que o Governo deve utilizar de todos os meios para fazer chegar aos catarinenses a informação sobre a necessidade imediata da imunização:
“Porque depois de praticamente 60 anos, nós temos um surto de febre amarela em nosso Estado e no país. É preciso que o governo tome medidas urgentes para se contrapor a esse avanço da febre amarela em várias regiões do nosso Estado. É preciso dar publicidade a essa campanha e não é só nas redes sociais, os veículos de comunicação, fazer manifestações, solicitar todos dentro da faixa etária que procure o posto de saúde mais próximo para serem vacinados e assim evitar um surto maior e, o pior de tudo, perder vidas.”
Apenas 97, dos 295 municípios até agora chegaram a cobertura vacinal superior a 90%. No entanto, esses municípios que já atingiram a meta são aqueles que estavam entre as 162 cidades que sempre integraram as áreas recomendadas para vacina e que desde 1994 vinham imunizando sua população.
Já nas demais cidades do Estado, para onde a vacina da febre amarela começou a ser ampliada em setembro, a procura espontânea pelos postos de saúde ainda é baixa. O deputado Kennedy Nunes (PSD), que também é jornalista, reforça a importância de uma comunicação mais efetiva com os catarinenses nesse momento:
“Essa proposta do deputado Padre Pedro pé muito importante porque se preocupa, não só com essa questão da febre amarela, mas expõe a forma falha como o governo do Estado está fazendo ao se comunicar com a sociedade. Ele esquece que o atingir a população não é feito pelas redes sociais, mas pela mídia convencional, que é o rádio a televisão, o jornal. Isso sim chega aos rincões. Nem todo mundo tem acesso a internet”.
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