Deputados catarinenses comentam posição de Colombo contra impeachment
Última atualização 10 de dezembro de 2015 - 10:19:50
Um dia após Raimundo Colombo (PSD) assinar uma carta junto com chefes de Executivos de outros Estados contra o impeachment de Dilma Rousseff, os deputados federais catarinenses com envolvimento direto no processo repercutiram o posicionamento do governador.
Entre os quatro comentários mais comuns: Colombo mantém sua gratidÃo à presidente por conta dos empréstimos que sua administraçÃo recebeu do governo federal; agiu em conformidade com seu cargo; nÃo representa a mentalidade do eleitor eleitorado de SC; o abaixo-assinado nÃo tem utilidade política.
A maioria dos congressistas catarinenses hoje é favorável ao impeachment, postura que vai na contramÃo da publicada pelo principal representante do Estado, mesmo dos representantes de partidos aliados a ele. O deputado Mauro Mariani (PMDB), que acredita na tendência da cassaçÃo, opina que Colombo tomou o posicionamento apenas como gesto de gratidÃo.
– Eu acho que o governador fez por gratidÃo, pois a presidente Dilma o ajudou muito nesse processo, arrumando quantias vultosas para investimento no Estado. Ele é grato a tudo que ela ajudou, com quantias que superam os R$ 10 bilhões – disse.
JoÃo Rodrigues, do mesmo PSD de Colombo, mas pró-impeachment, evitou polêmica com o correligionário. Para ele, o governador agiu com “elegância”. – Ele estava numa reuniÃo com outros governadores e a presidente cobrou apoio. NÃo tinha como ele recusar. Se negasse, soaria como ingratidÃo – disse.
EsperidiÃo Amin (PP) e Jorginho Mello (PR) questionaram a utilidade da carta assinada pelos governadores que saíram em defesa de Dilma. Ambos entendem que o comunicado nÃo tem condições de influenciar os rumos do processo. Mas o pepista, que já se declarou a favor da cassaçÃo, acrescentou que Colombo agiu adequadamente para um gestor público, cujo papel é diferente de um parlamentar.
A crítica mais dura veio de Marco Tebaldi (PSDB). O tucano classificou como “lamentável” a atitude do governador, acusando-o de “aprovar as pedaladas fiscais e a corrupçÃo do governo petista”. Para Tebaldi, já está provado que o eleitor catarinense quer o impeachment e, portanto, Colombo nÃo estaria representando os anseios do Estado.
Já o elogio, naturalmente, partiu de Décio Lima (PT), apesar de seu partido fazer oposiçÃo a Colombo em SC. O petista afirmou que o governador se posicionou “com clareza e em defesa da democracia”. Foi também o único a afirmar que a carta dos governadores pode exercer influência “positiva e expressiva” no processo.
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