O jornal Folha de São Paulo demorou uma semana para vir a
público reconhecer que cometeu um erro ao publicar texto que associava uma
propriedade no interior de Santa Catarina ao movimento nazista.
Em coluna na edição
de domingo (21), a jornalista Giovana
Madalosso chamou a atenção para a inscrição “heil” nos telhados de
duas casas do município de Urubici e afirmou que “muito
provavelmente” era uma alusão à ideologia consagrada pelo alemão Adolf
H” .
A palavra alemã “heil” era usada nas saudações ao
líder nazista: “Heil, Hitler” (salve, Hitler). Neste caso, no
entanto, como admitiu o jornal, a palavra “heil” é uma referência ao
sobrenome da família dona da propriedade. “É incorreto, portanto, fazer
referência a essas estruturas como “telhas arianas”, como escreveu a
colunista Giovana Madalosso”, publicou a Folha de São Paulo.
A Folha ainda esclareceu que Heil é um sobrenome conhecido
no estado, principalmente na cidade de Brusque, onde vive a família Heil, que
tem propriedades em Urubici, cidade a cerca de 170 km de Florianópolis. Entre
as pessoas com esse sobrenome está Antônio Heil, político e empresário, que morreu em 1971, dá
nome a ruas de cidades catarinenses, como Florianópolis e Blumenau.
No mesmo dia da publicação, apenas na versão online, o jornal
corrigiu as informações incorretas da coluna e divulgou uma errata, destacada
no alto do texto, à esquerda. Não cogitou, porém, retirar o texto do ar.
“Seria uma medida contrária à transparência preconizada pelo Manual”,
justificou a Folha, mesmo se tratando de desinformação.
Na quarta (24), o governador de Santa Catarina, Jorginho
Mello (PL) abordou o tema em uma carta ao povo catarinense. O texto foi
publicado por este portal e replicado por dezenas de veículos de comunicação
associados à Adjori/SC, em versões impressas e on-line.
deixe seu comentário