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Os prefeitos do MDB-SC defendem que as eleições municipais sejam mantidas para 4 de outubro ou, na impossibilidade de realizá-las, a unificação com o pleito de 2022. A posição foi manifestada em videoconferência na quarta, dia 3 com o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, para discutir a questão. O encontro virtual, conduzido pelo presidente da legenda em Santa Catarina, Celso Maldaner, teve a participação de mais de 60 dos 102 prefeitos emedebistas catarinenses, 25 vices e pré-candidatos, além do senador Dário Berger e lideranças estaduais.
— Seja quando for, o MDB estará preparado. Temos percorrido o Estado, antes presencialmente, agora de forma remota, e percebemos o quanto nossos pré-candidatos representam os anseios da sociedade. Nossa expectativa é por um grande resultado — disse Maldaner.
Baleia afirmou que, particularmente, vê com bons olhos a transferência das eleições municipais para 2022, juntamente com a escolha de deputados estaduais e federais, governadores, senadores e presidente da República. Mas não acredita que essa proposta – que incluiria, a partir daí, ampliação dos mandatos de quatro para cinco anos, sem reeleição – tenha chances de prosperar:
— Para prorrogar os mandatos atuais e mudar a data das eleições seria necessária uma emenda constitucional. Em nossas conversas com o ministro Luís Roberto Barroso (presidente do TSE), o entendimento é para aguardar até julho, quando se encerram diversos prazos previstos pela legislação. Se não houver um agravamento da pandemia, devem ser em 4 de outubro mesmo — explicou o presidente nacional.
As outras hipóteses cogitadas – 15 de novembro ou 6 de dezembro – são encaradas com reservas entre os chefes do Executivo municipais do partido. Segundo o presidente da Associação dos Prefeitos e Vices do MDB-SC, José Antonio Guidi, quanto mais próximo do final do ano, menos condições haveria para fazer a transição para o eleito assumir em 1º de janeiro.
— Seria inviável para o fechamento das contas municipais, e os prefeitos sofreriam um desgaste, dificultando sua reeleição ou a vitória dos candidatos apoiados por eles — afirmou ele.
Mesmo o adiamento para 2022 é controverso. Conforme o deputado federal Carlos Chiodini, “misturaria problemas municipais, como o buraco de rua, com temas nacionais, como a condução da economia”. O ex-governador Paulo Afonso Vieira também é contra o MDB encampar a ideia de protelar as eleições, algo que “historicamente vai contra os princípios do partido”.
— Muitas cidades já autorizaram ou estão estudando autorizar a reabertura do comércio, de academias, de salões de beleza. Quer dizer, o cidadão pode sair para fazer compras, para se exercitar, para cortar o cabelo, e não para votar? Democracia também é atividade essencial — destacou.
Um ponto, no entanto, foi unânime entre os participantes: a data das eleições tem que ser definida o quanto antes. Baleia ressaltou que as bancadas do partido do Senado e da Câmara já se reuniram para debater o assunto. Pediu, ainda, que as lideranças estimulem as bases a votarem na pesquisa promovida pelo MDB nacional com essa finalidade. Os resultados serão levados em conta na decisão dos parlamentares.
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