Home Delegado diz que ainda há contradições nos depoimentos dos suspeitos

Delegado diz que ainda há contradições nos depoimentos dos suspeitos

Última atualização 7 de janeiro de 2015 - 08:18:19

O Delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de São Miguel do Oeste, Cléverson Muller, falou durante coletiva de imprensa realizada no final da tarde de segunda-feira, dia 05, que o homicídio ocorrido no bairro Agostini no dia 1º de janeiro, ainda é uma incógnita. Segundo ele, a confissão de um menor de idade pode ser estratégica e é insuficiente para a polícia, que continua investigando o caso

O Delegado responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de São Miguel do Oeste, Cléverson Muller, convocou uma coletiva de imprensa no final da tarde de segunda-feira, dia 05, para esclarecer alguns fatos sobre o assassinato ocorrido na manhã do dia primeiro de janeiro, por volta das 6h20, no bairro Agostini.

O homicídio que vitimou Jolmar Adams, de 22 anos de idade, natural de São José do Cedro, ainda é uma incógnita para a Polícia, que busca identificar os motivos do crime. Durante a coletiva, Muller disse que momentos depois do homicídio, a Polícia Civil e Militar realizou rondas nos arredores da residência onde Adams morava sozinho, a fim de tentar localizar algum suspeito. “Há alguns metros de distãncia da casa, consegui localizar apenas um carregador de notebook, com base nisso, logo imaginamos que poderia se tratar de um latrocínio”, destaca.

Muller enfatizou que nenhum sinal de arrombamento foi encontrado na casa de Adams. “Estavam os três na residência, a vítima, um menor de idade e outro rapaz de maior. Segundo os depoimentos, o rapaz maior de idade conhecia a vítima, já o outro não. Disseram que se encontraram no centro da cidade e se dirigiram até a residência da vítima, e alguma coisa aconteceu ali, não se acertaram, ou houve alguma discussão, isso tudo ainda estamos investigando”, conta.

LOCALIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS

Durante todo o dia 1º e 2 janeiro, policiais civis da DICFron e da Delegacia de Comarca, realizaram inúmeras diligências a fim de identificar os autores do crime. Segundo o delegado, após coletarem algumas informações, chegou-se até o suspeito Alexandre Josiel Nunes, de 23 anos de idade, vulgo “Zinho”. Agentes da Divisão de Investigação Criminal de Fronteira, com apoio do Pelotão de Patrulhamento Tático da Polícia Militar, realizaram um cerco e conseguiram recapturar Nunes, oportunidade segundo Muller, que foi constatado que “Zinho” estava com um corte profundo no braço esquerdo e ante braço direito.

Muller explica que Nunes encontrava-se foragido do Sistema Prisional de Chapecó desde o dia 14 de março de 2014 e também possui em seu desfavor um Mandado de Prisão, com sentença condenatória de 10 anos e cinco meses pelo crime de roubo. Em seu interrogatório, Nunes assumiu participação no crime, porém disse não ter desferido as facadas, indicando outro autor. “A princípio a gente sabe que os menores acabam querendo assumir a autoria de um fato, o que poderia ser uma estratégia, pois a legislação prevê uma internação de no máximo três anos para o menor, e o latrocínio confirmado pelo maior chegaria a 35 anos de prisão, além de ser crime hediondo”, aponta o delegado após a Polícia localizar um menor de idade de 15 anos, que teria se entregado a Polícia Militar de Paraíso na tarde de sábado, dia 03.

Muller explica que o menor confessou ser o autor das 17 facadas que vitimaram Adms e estaria se escondendo em uma residência de um parente no município de Paraíso. “Ele disse que estava com muita raiva e não se arrepende do que fez”, conta.

PROVAS

Conforme o delegado, a faca utilizada no crime estaria na casa da vítima. “Na versão deles há algumas contradições, que precisam ser apuradas. O que é consenso entre os dois suspeitos é de que os três foram a pé do centro até a casa da vítima. Então até ali a gente precisa analisar algumas perícias, verificar o celular da vítima que foi encontrado. Vamos verificar se houve algum contato prévio de algum dos autores com ele”, enfatiza.

Muller disse ainda que além do Notebook, um pote de moedas foi levado da casa da vítima mas acabou sendo abandonado no caminho. O notebook segundo o delegado, ainda não foi localizado. “Faltam algumas perícias, coleta de sangue das roupas e faca, para fazer o DNA. Não podemos nos basear apenas na confissão do menor, isto não é o suficiente”, enfatiza o delegado.

Conforme Muller, ainda na manhã de domingo, dia 04, o Ministério Público recebeu o menor e o Juíz decretou sua internação. Já o suspeito envolvido, maior de idade, foi transferido da Unidade Prisional Avançada de São Miguel do Oeste, para Chapecó.

OUTRO HOMICÍDIO

Ainda no dia 1º de janeiro, outro homicídio aconteceu no bairro São Gotardo. Um homem, de 30 anos é suspeito de matar a ex-companheira, de 21 anos, com uma facada no peito. O Corpo de Bombeiros socorreu a vítima, que morreu no Hospital Regional de São Miguel do Oeste. A Polícia Militar chegou rapidamente ao local e prendeu o autor em flagrante. Ele foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil. O casal tem uma filha de apenas dois anos.

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