“Estou consciente do período que vamos enfrentar, e por isso estou analisando algumas medidas para serem tomadas”, declara o prefeito eleito de Palmitos, Dair Enge. O novo prefeito concedeu uma entrevista ao Jornal Expresso d’Oeste, onde demonstrou a preocupaçÃo com o orçamento da máquina pública.
Enge afirma que irá administrar o município de forma ética, séria e honesta, e para isso a escolha dos secretários e cargos comissionados terá critérios. “Hoje eu nÃo tenho nenhum cargo de secretário prometido, pretendo estudar nomes e levar para o grupo, vou aceitar a indicações de nomes, mas de preferência tem que ter todos os requisitos necessários. Sabemos da dificuldade de conseguir nomes, pois a maioria está empregados, estou bem consciente nesta situaçÃo e preocupado”, declara
O novo prefeito menciona que terá alguns quesitos técnicos para escolhas de seus colaboradores. “Vamos analisar a pessoa que realmente tem perfil para assumir determinado cargo. Porém nada impede, se no decorrer do tempo, a pessoa nÃo estiver correspondendo, pedirmos para trocar. Isso será colocado para o secretário, pois nÃo sÃo cargos efetivos”, evidencia.
Para iniciar o mandato, Enge afirma que vai contratar o que for estritamente necessário, pois existe uma preocupaçÃo com o comprometimento orçamentário com a folha de pagamento. “Vou ter que enxugar a folha de pagamento, nÃo adianta ficar iludindo e também nÃo posso chegar e fazer ações imprevistas. NÃo posso jogar o ônus em cima da populaçÃo, o que posso fazer é ajustar a casa com a receita”, enfatiza.
De acordo com o prefeito eleito, tudo vai ocorrer com o tempo, mas nos próximos dias, vai conversar com o atual prefeito, Norberto Gonzatti sobre a transiçÃo, ou seja, vai interagir sobre a atual situaçÃo da máquina pública antes de iniciar seu mandato. “Tenho informações que a partir de novembro as portas estÃo abertas para que eu possa me inteirar das ações e das contas públicas. Mas para isso eu já tenho que ter as pessoas da minha equipe, nÃo adianta o prefeito se enterrar se a equipe nÃo”, frisa.
Além da majoritária, o PMDB elegeu cinco vereadores e mais um pela coligaçÃo (PMDB, PSC e PRB), e mesmo assim, Enge pretende fazer uma parceria com a Câmara de Vereadores. “Preciso fazer uma boa parceria com a Câmera de Vereadores, eu o respeito e é um poder independente, nÃo posso interferir na Câmara de Vereadores como eles nÃo interferem no Executivo”, comenta.
Eleito com 5.994 votos, Dair agradece a toda populaçÃo palmitense. “Tenho que agradecer os 5994 votos que confiaram na gente e tenho a certeza que no decorrer do nosso mandato muitas pessoas vÃo confiar ainda mais no nosso trabalho, que será honesto, sério e transparente. Que isso nÃo é novidade e sim obrigaçÃo do político”, finaliza.
VIDA PÚBLICA
Em sua vida pública, Dair menciona que sempre foi participativo. Por 17 anos foi servidor municipal. Iniciou sendo nomeado professor na Barra de Palmitos, interior do município e requisitado para o setor de tributaçÃo, até o ano de 1973. Neste ano, prestou concurso ao Banco do Brasil, onde se aposentou.
Após isso, Enge assumiu a pasta do Departamento Municipal de Estrada e Rodagem (DMER), foi secretário-adjunto da atual Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Palmitos, foi secretário Municipal da Saúde e vereador.
Na vida privada, esteve envolvido com instituições da sociedade como a igreja e principalmente ao Hospital Regional de Palmitos, onde assumiu o cargo de presidente por três mandatos, foi tesoureiro, vice-tesoureiro e conselheiro fiscal. “Isso fez com que o meu nome crescesse, participei das instituições obtive êxito nos julgamentos que eram feitos na época, fazendo um trabalho aprovado pelas pessoas. E acredito que isso auxiliou para que a nossa candidatura fosse forte”, acredita.
A CANDIDATURA
Inicialmente nas convenções o PMDB tinha dois nomes para compor a majoritária, o Beloni Decker e o Mário Peiter, ambos eram os pré-candidatos a prefeito. “Até entÃo, eu sempre deixei claro que nÃo seria candidato para partir ao embate, sempre falei para o partido que deixo meu nome à disposiçÃo em um eventual consenso, mas com alguns critérios, ou, seja consenso para quê? Tinha que ter objetivo”, lembra.
Mas durante as prévias do partido, Enge pretendia a concorrer para a reeleiçÃo como vereador, sendo que Mário foi eleito por 25 a 20 votos. “No decorrer do período algumas coisas aconteceram, o Mário percebeu algumas situações e entendeu que nÃo era o tempo ideal para ser candidato a majoritária e me procurou abrindo mÃo da candidatura”, comenta.
Desse momento em diante, Dair lembra que começou a sofrer pressões por pessoas da sociedade, lideranças partidárias do município, do estado e da esfera federal, onde abriu as portas para ser o candidato pelo PMDB. “O primeiro trabalho foi relaçÃo à família, que de início foi contra, mas em seguida concordou para que eu fosse o candidato, e eu sempre deixei claro que seria um candidato que iria pelo certo, sem fazer oba oba, pela história que a gente tem no município, que me credenciou a ser candidato”, reconhece.
Em sua campanha, Enge menciona que procurou fazer uma caminhada transparente e com foco nos projetos. “Procurei nÃo entrar em embate, tanto que cortamos alguns programas de vereadores, que estavam sendo um pouco agressivos, e isso a gente nÃo queria. No meu ponto de vista, a política precisa mudar, essas agressividades nÃo levam a nada, o que a gente precisa fazer é apresentar projetos. E foi isso que fizemos, um trabalho em cima de projetos, e bem consciente do período que vamos pegar, e por isso estou analisando algumas medidas para serem tomadas”, enaltece.
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