Cursos semipresenciais da Udesc de Palmitos passa a ser uma possibilidade
Última atualização 10 de junho de 2016 - 10:31:20
PALMITOS – A situaçÃo da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Palmitos se tornou um dos assuntos mais pautados no ano de 2015. Neste ano, a comunidade palmitense, como dos municípios vizinhos reivindicavam para trazer um novo curso presencial para o pólo, o curso de Direito. Em setembro, no ano passado, o Conselho Universitário (Consumi) rejeitou a implantaçÃo do curso.
Na época, os conselheiros decidiram rejeitar a criaçÃo do curso, acompanhando assim a recomendaçÃo da comissÃo, que foi contrária à abertura da graduaçÃo baseando-se, sobretudo nos critérios da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): populaçÃo em um raio de 50 quilômetros da cidade; cursos na regiÃo; possibilidades de estágio; e possível corpo docente.
No município, a Udesc atualmente tem um pólo de ensino a distância, que oferece Pedagogia, por meio do Centro de EducaçÃo a Distância (Cead), e um curso presencial de Tecnologia em ProduçÃo Moveleira, por meio do Centro de EducaçÃo Superior do Oeste (CEO), que está sendo concluído.
Entretanto, o reitor da época Antonio Heronaldo de Sousa, afirmou que a instituiçÃo de ensino tinha aprovado dois cursos semipresenciais para Palmitos, AdministraçÃo Pública e de Licenciatura em Informática, com abertura de turmas a partir de 2016.
Terminando o primeiro semestre de 2016, o atual reitor Marcus Tomasi, informa que nÃo existem recursos para a implantaçÃo desses cursos semipresenciais para este ano. “Qualquer curso semipresencial que abrir tem como prioridade o município de Palmitos. Porém os cursos sÃo custeados em parceria com a UniÃo, ou seja, pelo Governo Federal, com contrapartida da Udesc. E, devido a situaçÃo econômica vivido pelo País, os recursos para esses cursos foram cortados”, informa.
Tomasi informa ainda, que o edital dos cursos foi suspenso, e no momento, a Udesc está aguardando o posicionamento do Ministério da EducaçÃo (MEC) sobre esses editais. “Isso nÃo está acontecendo somente com a Udesc, e sim com uma série de universidades federais e estaduais. Mas, o Cead está trabalhando para viabilizar algumas turmas”, declara.
Ele enfatiza que um curso semipresencial tem um custo de aproximadamente R$ 200 mil, incluindo toda equipe técnica. “Estamos trabalhando para ver da possibilidade de abrir novas turmas para o vestibular de fim de ano e que se inicia em 2017”, comenta.
“NÃo podemos fechar as portas”, afirma Gonzatti
Uma das possibilidades em que a comunidade palmitense encontrou em poder pressionar a Udesc, foi em adquirir o prédio de volta. Porém, o prefeito de Palmitos, Norberto Gonzatti, afirma que neste ano nÃo será tomada nenhuma decisÃo, por ser ano eleitoral. Mas, ele garante que existe um trabalho que está sendo executado por uma equipe de produçÃo, que está realizando um levantamento para ver da possibilidade de ofertar um curso técnico em Agropecuária, sendo técnico superior. “Combinamos com o ex-reitor, que faríamos esse levantamento, por ser um curso da nossa regiÃo, e a Udesc demonstrou interesse”, comenta.
Ele menciona que no momento em que for entregue esse projeto e a Udesc avaliar, será tomada uma decisÃo. “Estamos lutando ainda por um curso presencial, a universidade está em Palmitos e nÃo podemos fechar as portas. Temos que ter equilíbrios nas decisões para nÃo ter problemas no futuro”, declara.
CRONOLOGIA
Maio de 2013 – Deputados debatem a situaçÃo da Udesc no Oeste do Estado em reuniÃo conjunta com as Comissões de Finanças, Trabalho e EducaçÃo.
Julho de 2013 – Audiência Pública na Alesc reúne lideranças de Palmitos e Pinhalzinho, mais a reitoria da UDESC, para debater a manutençÃo e a expansÃo da UDESC no Oeste do Estado. A universidade alega nÃo ter recursos para expandir.
Agosto de 2013 – Aprovada na ComissÃo de Trabalho, presidida por Marcos Vieira, audiência pública para debater a expansÃo dos cursos da UDESC em Palmitos e em Pinhalzinho.
Setembro de 2013 – Em Palmitos, no prédio da UDESC, lideranças apresentam pesquisa que aponta quais as necessidades da regiÃo para um curso superior.
Setembro de 2013 – Na sala da presidência da Alesc,em reuniÃo entre deputados, lideranças de Palmitos e Pinhalzinho, deputado Marcos Vieira anuncia que defende carimbar os recursos para garantir a expansÃo da UDESC no Oeste.
Dezembro de 2013 – Projeto do deputado Marcos Vieira é aprovado em Plenário da Alesc. A emenda ao Orçamento do Estado, prevê que R$ 10 milhões sejam investidos. R$ 4 milhões para implantar o curso de Engenharia Civil em Palmitos e o restante para a reforma do prédio e implantaçÃo do curso de Engenharia Química em Pinhalzinho.
Fevereiro de 2014 – Governador Raimundo Colombo veta a emenda ao Orçamento que destinava os recursos à UDESC
Março de 2014 – MoçÃo elaborada pelos vereadores de Palmitos, pela revogaçÃo do veto do orçamento. Lideranças de Palmitos e de Pinhalzinho reúnem-se com deputados e reitoria da UDESC para a definiçÃo do destino dos cursos. Nova data é marcada para outro encontro.
Abril de 2014 – Governador assume o compromisso de fortalecer todas as unidades, principalmente de Palmitos. Além da reuniÃo com a reitoria da IFSC para a implantaçÃo do curso de Engenharia Civil em SÃo Carlos.
Dezembro de 2014 – Nova audiência pública, para determinar quando será implantado o curso de Direito em Palmitos.
Fevereiro de 2015 – Estudo da viabilidade da implantaçÃo do curso apresentado no Conselho Universitário
Março de 2015 – Reitor busca por apoio financeiro junto aos parlamentares estaduais
Maio de 2015 – Audiência Pública em Palmitos para debater o futuro da universidade. Udesc confirma cursos semipresenciais
Agosto de 2015 – Prazo de um mês para a Udesc decidir a implantaçÃo do curso da Udesc
Setembro de 2015 – Conselho Universitário da Udesc rejeita criaçÃo de curso de Direito em Palmitos
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