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Cúpula começa a desenhar uma nova tríplice aliança para 2014

Última atualização 2 de novembro de 2012 - 21:22:41

Uma nova tríplice aliança pode estar começando a ser desenhada mirando as eleições de 2014. De olho na reeleição do governador Raimundo Colombo (PSD) e da presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) vê com bons olhos uma coligação formada pelos três partidos.

A primeira edição da tríplice aliança foi costurada por LHS na sua reeleição ao governo do Estado, em 2006, quando atraiu o DEM para o lado do PMDB e PSDB. Em 2010, a aliança foi mantida para a eleição de Colombo. Uma guinada, com a parceria com o PT, teria como pano de fundo o cenário nacional.

Se em 2010, Luiz Henrique fez campanha para José Serra (PSDB), hoje está alinhado ao governo Dilma. LHS teria se aproximado ainda mais da presidente e da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), na votação do Código Ambiental. Com a manutenção da aliança nacional PMDB-PT, no Estado caberia ao PSD ser o fiel da balança, uma vez que o projeto do PSDB passa pela candidatura de Aécio Neves.

Neste contexto, a tendência seria o PSDB lançar uma candidatura ao governo do Estado. A hipótese mais provável seria o senador Paulo Bauer, que já se colocou à disposição.

O presidente estadual do PSD, deputado Gelson Merisio, diz que a discussão é muito incipiente e está longe de se concretizar. Ele afirma que a disposição do partido, hoje, é manter a “aliança sólida” com o PSDB. PMDB e PP, mas sem fechar as portas para outras siglas.

O presidente do PMDB, Eduardo Pinho Moreira, também acha cedo para discutir 2014 e diz que ainda vai passar “um rio Amazonas inteiro” antes de haver alguma definição. O vice-governador diz que vários fatores influenciarão, como encaminhamentos nacionais, parcerias nos municípios e a convenção que elegerá a nova executiva em dezembro.

— A unidade do PMDB tem que ser preservada, porque se tivermos unidos, para o lado que formos, iremos fortalecidos— diz Moreira.

Para o PT, uma aliança estadual com o PSD e PMDB é considerada difícil. Mas de olho no cenário nacional, o partido já trabalhou nas alianças com o PMDB nas eleições 2012, sendo que em alguns municípios, houve aproximação com o PSD. Para o deputado Jailson Lima, (PT) apesar do PSD ter votado com o governo Dilma e da aproximação de Gilberto Kassab (PSD) com a presidente, o cenário em SC é diferente, já que os partidos são oposição.

— Mas acho que também não podemos olhar amargamente para o passado. O PSD se transformou em uma nova força política.

PT e PSDB acompanham as especulações

O presidente estadual do PSDB, Leonel Pavan, afirma que ainda não conversou com LHS e que acha que o senador não tomaria nenhuma decisão sem antes consultar os parceiros históricos.

—A história política do Luiz Henrique não pode ser contada sem incluir o PSDB, mas é preciso ver para crer. Cada um segue o caminho que quiser, mas excluindo quem sempre esteve junto para fazer composição com adversários históricos, quem vai se surpreender é a população — destaca Pavan.

O presidente do PP, Joares Ponticelli, também acha que está se antecipando o debate. Ele acredita que ainda há muitos fatores a serem considerados, inclusive a disposição de uma ala do PMDB de ter candidato próprio ao governo.

— Ouvir (as especulações) eu ouvi e não acredito que faça sentido. Mas, como em política tudo é possível, vamos acompanhar os desdobramentos — assinala Ponticelli.

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