Muitas escolas voltam às aulas no início de fevereiro e um tema que vem à tona é o material escolar das crianças, especificamente a mochila. Por isso, os pais e responsáveis devem ficar atentos ao peso da mesma. De acordo com o INTO, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a mochila que será transportada pela criança não pode ultrapassar mais de 10% do peso corporal.
O ortopedista Mauricio Fabiani explica que uma criança com 30 quilos não deve carregar um fardo maior que 3 quilos nas costas. Mas, às vezes, a própria sacola vazia pesa mais que meio quilo e somando isso a livros, cadernos, e outros materiais, o peso da mochila pode exceder ao que é recomendado.
Dr Mauricio esclarece que esse peso em excesso pode provocar dor nas costas, lombares, escoliose – que é uma deformidade na coluna difícil de ser corrigida depois; dores de cabeça severas, queda no desempenho escolar, sem uma causa aparente.
Para evitar o problema algumas dicas essenciais deverão ser seguidas:
· Aos 4 ou 5 anos, o ideal é que a criança utilize apenas uma lancheira, e caso seja necessário, uma bolsa com rodinhas para carregar o material didático.
· Aos 67 anos, ainda se recomenda a bolsa com rodinhas, mas já é possível carregar uma mochila às costas, desde que sem muito peso.
· Aos 12, 13 anos, a mochila está liberada, desde que dentro dos critérios estabelecidos, ou seja, segundo a regra dos 10%.
· Para prevenir as dores seguidas dos outros efeitos indesejáveis, é preciso ficar atento à forma como a bolsa é usada, a começar pelo tamanho, que nunca deve ser maior que o comprimento do tronco da criança.
· É importante usar as alças nos dois ombros, distribuindo melhor o peso da mochila.
· As alças precisam estar bem ajustadas para que a sacola fique rente à altura dos ombros.
· Quando for pegar algo no chão, jamais dobrar as costas e sim se ajoelhar para pegar o objeto.
· Pais devem ficar atentos à queixa de dores nas costas.
· Escolha uma mochila leve, que, vazia, não pese mais que meio quilo.
· Observe se as alças são acolchoadas e reguláveis. Alças estreitas causam compressão nos ombros, deixando a musculatura tensa, o que causará dores que se estenderão pelas costas, pescoço e cabeça.
Dicas saudáveis e criativas para a lancheira da garotada
Na volta às aulas, nutricionista explica como fazer escolhas mais saudáveis nas prateleiras dos supermercados
Naturalmente, as crianças já têm muita energia no dia a dia; e na transição das férias escolares para o início das aulas, essa disposição – e o gasto calórico – podem aumentar. Os pais geralmente ficam com o desafio de cuidar da alimentação dos filhos nesta fase do crescimento, conciliando boas fontes de energia e alimentos nutritivos; tudo isso no meio de uma rotina atarefada, na qual todos buscam por mais praticidade. De olho na volta às aulas, pensando em ajudar os pais a simplificar esse desafio dos lanchinhos para o recreio, a nutricionista do Fort Atacadista Bruna Janaina da Silva, que atua nas lojas da rede na Grande Florianópolis, separou dicas valiosas que vão fazer toda a diferença.
A profissional destaca que a fase mais fácil de construir os hábitos alimentares é na infância, preferencialmente até os três anos de idade. Depois, o desafio aumenta, mas os pais podem ter um grande aliado nesse processo: a criatividade. “Os alimentos e pratos são muito visuais, então usar a criatividade para compor a refeição pode ser uma estratégia para a criança experimentar algo novo, ou ainda comer algo que ‘in natura’ não comeria”, destaca Bruna.
Pensando na lancheira de volta às aulas e no que grandes varejistas como Fort Atacadista dispõe nas prateleiras, a nutricionista elencou algumas dicas:
Frutas
De acordo com ela, é interessante e inteligente que os pais pesquisem sobre as frutas da época, proporcionando uma compra fresca e mais barata das frutas. “Nesta época, temos a melancia, morango, cereja, uva e melão, frutas atrativamente coloridas e adocicadas, que normalmente são bem aceitas pelas crianças”, destaca.
– Também é indicado adicionar frutas mais cítricas, como a laranja. Uma salada de frutas já vira uma opção completa de lanche;
– Outra opção é bater uma fruta com iogurte natural;
– Os sucos naturais, gelados e frescos, são bem aceitos pela garotada, desde que a criança não passe o dia todo tomando suco – em função da frutose;
– Eventualmente, frutas picadas com um pouco de chocolate meio amargo também podem ser oferecidas às crianças.
Carboidratos e proteínas
O carboidrato aliado à proteína e gordura são essenciais para as crianças, que estão em fase de crescimento, por isso, segundo a nutricionista, os pães são indicados no lanche da garotada.
– Preferir pães integrais do que o branco. Variar com pães que levam farinha de arroz, de amêndoa, de linhaça ou chia, entre outras;
– Pães recheados com patês de frango (frango, ricota e cenoura). O frango também pode ser substituído por atum;
– Pães com tomate seco e rúcula;
– Bolo de cenoura integral;
– Iogurte natural com granola, adoçado com mel ou melado.
Conservação e os cuidados com a lancheira
Para Bruna Janaina da Silva, a conservação e o cuidado com a higiene dos alimentos é de extrema importância. Os sucos naturais devem ser levados ao congelador logo após o preparo, para durar mais tempo. Em alimentos secos, prefira enrolar em guardanapos de papel a plásticos, já que muitos possuem Bisfenol A, um composto orgânico sintético presente na maioria dos plásticos. Outra dica importante é ter garrafa e sacola térmica de qualidade para transportar o lanche.
Receitas para fazer em casa
– Barrinha de cereal: Amassar uma banana com ovo e granola. Separar em uma forma e assar no forno.
– Bolinho doce de micro-ondas: Bater uma banana, farinha de aveia, cacau e um ovo. Colocar no micro-ondas por 2 minutos.
– Pão de micro-ondas: Bata um ovo, mistura uma colher de sopa de farelo de aveia, uma colher de sopa de manteiga ou nata, sal à gosto e uma colher de chá de fermento. Deixar no micro-ondas por dois minutos e meio.
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