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Prefeitos e lideranças dos 19 municípios que compreendem a região da Associação dos Municípios do Extremo-oeste Catarinense (Ameosc) estiveram participando na tarde de ontem, quinta-feira, de um ato de protesto referente à crise da suinocultura. Na ocasião, foi assinado o decreto conjunto de situação de emergência de todos os municípios associados, o qual será entregue em mãos, no próximo dia 12, à presidente Dilma Rousseff e ao Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.
Conforme o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, até o final desta semana aproximadamente 60 municípios de Santa Catarina devem decretar a situação de emergência e somar esforços nesta busca. “Acreditamos que esses movimentos realmente vão fazer a diferença para conseguir a sensibilização do governo federal. Precisamos de uma solução urgente, pois o panorama atual da suinocultura está desolador. Estamos com o pior preço pago na história e um custo jamais visto. Estamos recebendo na média do Estado de R$ 1,90, onde o custo de produção é de R$ 2,57, que fechou em maio, e de lá para cá tivemos um aumento forte no farelo de soja, complicando ainda mais o preço de custo”, enfatiza.
REIVINDICAÇÃO
Dentre os principais fatores apontados, que geraram essa crise está o custo de produção e o excesso de carne no mercado. “Temos que parar com o prejuízo e a única forma é comercializar o animal e recebermos a diferença entre R$ 1,90 e o custo de R$ 2,57. Esses R$ 0,67 de despesas, o governo tem que pagar para o produtor. Isso é primordial que aconteça. Depois, precisamos dar continuidade à política para um controle de produção, onde se equalize a produção interna com a exportação”, defende.
O presidente da Ameosc, prefeito de Princesa, Edgar Elói Lamberty, explica que os prefeitos da região já estiveram reunidos recentemente e cada município decretou isoladamente situação de emergência. “Fizemos uma moção e iremos encaminhar ao governo do Estado, secretário da Agricultura, Ministério da Agricultura, pedindo apoio aos produtores. Além disso, cada município decretou situação de emergência no sentido de viabilizar recursos do governo para apoiar nossos produtores, que recentemente também enfrentaram a estiagem, o que agravou ainda mais a crise na suinocultura”, reforça.
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