Foto: Murici Balbinot/Arquivo
O mapa de risco divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) neste final de semana, que traz 15 das 16 regiões de Santa Catarina em risco gravíssimo (vermelho) para Covid-19, também representa uma marca negativa para algumas regiões que permanecem há semanas na pior classificação possível. A situação crítica atinge, principalmente, regiões do Norte e Oeste.
As regionais de saúde Meio-Oeste, Oeste, Alto Uruguai Catarinense, Nordeste, Planalto Norte e Alto Vale do Rio do Peixe estão há mais de 30 dias sendo classificadas com risco gravíssimo (vermelho).
O cenário é mais grave no Meio-Oeste, Planalto Norte, Nordeste, e Alto Vale do Rio do Peixe, onde a situação gravíssima é apontada desde o início do ano. As cidades dessas regiões estão há pelo menos 50 dias – ou oito boletins semanais seguidos – no vermelho.
A permanência por três semanas seguidas na classificação gravíssima previa intervenção do Estado, segundo acordo entre o Executivo, Ministério Público de SC (MPSC) e Judiciário. O governo havia publicado regramento complementar às regras da matriz de risco estipulando medidas de combate extras caso a região ficasse muito tempo nessas condições.
A inércia do Executivo estadual motivou uma Ação Civil Pública do MPSC. No documento, o órgão cobra ações emergenciais da equipe de saúde. “Apesar do cenário caótico vivido pelas regiões de saúde referidas, não se tem notícia de qualquer ação efetiva por parte do Governo Estadual para frear o aumento de casos, sendo que a redução da circulação de pessoas, como destacado em diversos documentos técnicos acostados aos autos, é a única medida comprovadamente eficaz para salvar vidas e aliviar o sistema de saúde”, diz o documento.
A Ação também critica as medidas tomadas pelo governo Carlos Moisés da Silva no início da semana passada. “A criação de Gabinete de Crise [no Oeste], como noticiado na imprensa, não trouxe consigo medidas efetivas para além do anúncio de aumento dos leitos de UTI disponíveis, em fase de implementação. Ocorre que sem intervenção que quebre a cadeia de contágio da transmissão na região, os eventuais novos leitos logo serão ocupados e outros serão necessários”, acrescenta o MPSC.
A Justiça deu prazo de cinco dias para o governo se manifestar sobre as ações previstas para essas regiões.
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