A atualização do mapeamento de risco da Covid-19 em Santa Catarina, realizada nesta quarta-feira (13), apresenta um aumento de 12 para 13 regiões que estão em risco potencial gravíssimo, sinalizado em vermelho no mapa. Os dados são da SES (Secretaria de Estado da Saúde).
Alto Vale do Itajaí, Carbonífera e Grande Florianópolis estão em nível grave, um abaixo na escala implantada pelo Governo do Estado para sinalizar a situação em cada região catarinense.
Além disso, as regiões do Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Extremo Sul, Laguna e Serra Catarinense subiram na escala, e agora estão com o sinal vermelho aceso.
“A maioria das regiões tem a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) reservados para atenção dessa doença [Covid-19] superior a 70%. Ainda há registro de muitos óbitos por conta da doença no início de 2021. Houve uma redução no número de exames processados no Lacen (Laboratório Central) para identificação da Covid-19, e o percentual de positividade é maior do que 30% na maioria do Estado”, destaca a epidemiologista Maria Cristina Willemann.
A situação de redução na quantidade de exames feitos foi antecipada pelo ND+. Foram cerca de 16 mil testes PCR feitos no intervalo de uma semana, entre os dias 28 de dezembro a 4 de janeiro.
O número fica bem abaixo da média, considerando as semanas anteriores. Na semana de transição de novembro para dezembro, por exemplo, mais de 40 mil testes foram realizados.
Os leitos de UTI também têm seguido com índice de ocupação global alta nas últimas semanas, com 80% estáveis. Segundo os últimos dados, da terça (12), são 1.534 leitos ativos, sendo 1.232 ocupados (555 por pacientes da Covid-19), representando índice de 80,3%.
Além disso, o número de hospitais que está sem leito disponível subiu para sete, ainda que menos da metade não registre pacientes do novo coronavírus em seu quadro.
Analisando somente os leitos exclusivos para tratamento da Covid-19, o número de unidades superlotadas cresce de sete para 16.
Índice de transmissão preocupa
Para a epidemiologista da Secretaria de Estado da Saúde, contudo, o aumento do número de casos é “o que mais chama atenção”, refletindo as festas de fim de ano, e interferem no cálculo do RT, índice que mede o comportamento da pandemia.
Nesse sentido, somente a Serra Catarinense e a Carbonífera mantém nível de transmissibilidade grave, ao passo que todas as demais regiões apresentam risco gravíssimo no quesito.
A variável é uma das quatro analisadas para aferir o risco de cada região. As três demais são: Monitoramento (Percentual de positividade de exames RT-PCR do Lacen); Capacidade de Atenção (Ocupação dos Leitos de UTI para Covid-19); e Evento Sentinela (Ocorrência de mortes pelo vírus e RT).
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