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Cooperativismo é fundamental no setor lácteo catarinense

Última atualização 11 de novembro de 2012 - 16:39:54

Para discutir os desafios da cadeia produtiva do leite e expor modelos cooperativistas de sucesso, a maior feira do setor lácteo do Sul do País – MERCOLÁCTEA 2012 – apresentou uma mesa-redonda durante o Seminário Internacional do Leite, principal evento técnico-científico da expo-feira, encerrada no último domingo (11), em Chapecó.

Foram apresentados cases das cooperativas Aurora Alimentos, Cooperoeste (Terra Viva) e do Consórcio Nacional de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consad). Os participantes puderam conhecer a história, área de atuação e forma de trabalho dos três sistemas.

A Cooperoeste, proprietária da marca de produtos Terra Viva, tem foco na produção proveniente da reforma agrária. Conta com cerca de 1400 produtores de leite na região de atuação da cooperativa (oeste, extremo oeste de Santa Catarina, além de filiais no Paraná e Rio Grande do Sul), com capacidade de produção leiteira de 15 milhões de litros/mês. Comercializa um mix de 17 produtos, entre bebidas lácteas, queijos, achocolatados, dentre outros. “Nosso modelo busca a valorização dos pequenos produtores de leite, que hoje são maioria. Cerca de 90% de todos os produtores de leite do país produzem menos de 100 litros de leite por dia”, explica o presidente da Cooperoeste,Celestino Roque Persch. Para 2013 está previsto o lançamento de um leite vitaminado com baixo teor de lactose, além de uma nova marca de produtos, aAmanhecer.

O Consórcio Nacional de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consad), nascido em função de políticas públicas federais, agrega atualmente na região do extremo-oeste catarinense, 16 pequenas cooperativas e 5 indústrias laticinistas, com atuação em 19 municípios. “Estamos discutindo a criação de uma central de cooperativas no oeste do Estado para termos um espaço político de representação das cooperativas”, explica o presidente do Consad,Sílvio Diehl.

Para o coordenador do Seminário Internacional, professor Ph.D.Luiz Carlos Pinheiro Machado, os pequenos produtores precisam de organização para terem força no setor. “O produtor precisa se envolver em formas de cooperativismo que lhe permitam ter poder de barganha e buscar o melhor preço”, explica.

A Aurora Alimentos, um dos maiores conglomerados agroindustriais do país, com mais de 70 mil famílias associadas, apresentou uma retrospectiva da cooperativa, dos avanços da cadeia leiteira, desde a profissionalização do produtor até as inovações da indústria.

Selvino Giesel, assessor de lácteos da Aurora, ressaltou que aagricultura familiar responde hoje por 56% do leite produzido em todo o Brasil e a Aurora Alimentos, juntamente com as demais filiadas, é também considerada empresa da agricultura familiar. Falou também do papel das cooperativas na atividade leiteira a partir do ano 2000, quando o leite passou a ter importãncia fundamental para o associado, e se viu a necessidade de criar sistemas para a industrialização do produto, além da implantação do sistema de rastreamento do leite UHT, por meio de sistema totalmente automatizado.

Giesel ressaltou também a importãncia do pagamento por qualidade do leite – atualmente 60% do leite recolhido em Santa Catarina recebe o pagamento por qualidade. “Ele deve existir, já que hoje não disputamos apenas com o mercado brasileiro, mas com o exterior. O pagamento gera benefícios ao produtor e ao consumidor”. E finalizou “Hoje se o produtor tiver conhecimento e boa vontade não há limite no alcance de melhor qualidade e índices de produtividade”.

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