O pagamento de obras contratadas entre a Cooperativa Mista de Profissionais AutÔnomos e Comércio de Materiais (Cooperastec) e prefeitura de São Miguel do Oeste vem gerando polêmica.Na manhã de quarta-feira, dia 7, o presidente da cooperativa, Ivan Corassa, fez manifesto em frente da prefeitura, cobrando uma suposta dívida por trabalhos realizados em obras parcialmente prontas e outras finalizadas.
A alegação do presidente da Cooperastec é de que todos os valores atrasados somariam aproximadamente R$ 200 mil, além de indenizações que pretende cobrar posteriormente. Porém, o assessor jurídico da prefeitura, Adilson Pandolfo, negou que a prefeitura esteja devendo à Cooperativa. Segundo ele, no mês de julho o engenheiro da prefeitura verificou as obras e foi pago o que tinha sido concluído. “Com isso, ele teria que retomar as obras. Como ele não retomou, o município notificou. Mesmo notificado ele não reiniciou, porque se tinha recebido deveria continuar. Como não retomou os trabalhos, nós rescindimos os contratos”, alega.
Conforme Pandolfo, com a quebra de contrato a empresa foi multada por abandono. Ele explica que quatro obras estavam ao encargo da Cooperastec, sendo a construção de abrigos para passageiros – a única concluída, reforma do Centro de Convivência dos Idosos, Calçamento no Loteamento Vila Nova 1 e calçamento de outras ruas em bairros da cidade. Pandolfo reconhece que há uma pequena quantia devida à Cooperativa, relacionada à construção de abrigo para passageiros, mas que o valor nem se aproxima das multas cobradas, aproximadamente R$ 48 mil. “Esse valor devido é pequeno e absorvido pelas multas”, afirma.
Segundo Pandolfo, a quebra de contrato ocorreu de forma unilateral. Ainda na manhã de quarta-feira, Corassa foi notificado por um oficial de justiça da quebra dos contratos. A notificação ocorreu enquanto Corassa fazia o protesto em frente à prefeitura. Pandolfo lembra que, mesmo que tivesse dinheiro a receber da prefeitura, esta não poderia efetuar o pagamento diretamente à Cooperativa, já que, por determinação da Justiça do Trabalho, o dinheiro deveria ser depositado numa conta judicial por força de uma ação trabalhista movida contra a empresa.
Durante o dia de ontem, quinta-feira, Corassa permaneceu em frente à prefeitura, onde permanece sentado de forma pacífica, acompanhado do vice-presidente da Cooperativa e um funcionário da empresa. Corassa alega que não abandonou as obras, pois não conseguiu honrar os compromissos pelo fato de não ter recebido.
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