O consumo de café reduz o risco do tipo mais comum de cãncer de fígado, o carcinoma hepatocelular (HCC) em cerca de 40 %. Além disso, alguns dados indicam que três xícaras de café por dia reduzem em mais de 50% os riscos de adquirir a doença. A conclusão é de uma análise publicada na American Gastroenterological Association (Associação Americana de Gastroenterologia, em tradução livre).
— Nossa pesquisa confirma alegações passadas de que o café é bom para a sua saúde, e em particular o fígado — disse o autor do estudo, Carlo La Vecchia.
Segundo o pequisador, o efeito favorável do café na prevenção do cãncer de fígado pode ser mediado pela relação da bebida na prevenção — já comprovada — da diabetes. Esta última é um fator de risco para o desenvolvimento do cãncer e o café possui efeitos benéficos sobre a cirrose e as enzimas hepáticas.
Os pesquisadores realizaram uma meta-análise de artigos publicados de 1996 a setembro de 2012, finalmente, estudando 16 pesquisas de alta qualidade e um total de 3.153 casos.
Apesar da consistência dos resultados entre estudos, períodos de tempo e as populações, é difícil estabelecer se a associação entre o consumo de café e HCC é causal, ou se esta relação pode ser parcialmente atribuída ao fato de que os pacientes com doenças hepáticas e digestivas muitas vezes reduzir voluntariamente sua ingestão de café.
— Ainda não está claro se o consumo de café tem um papel adicional na prevenção do cãncer de fígado, mas de qualquer forma, esse papel será limitado em comparação com o que é possível através de medidas atuais — acrescentou La Vecchia.
Canceres primários de fígado são largamente evitáveis através de vacinação do vírus da hepatite B, o controle da transmissão do vírus da hepatite C e redução do consumo de álcool. Estas três medidas podem, em princípio, evitar mais de 90 % de cãncer primário de fígado em todo o mundo.
O cãncer de fígado é o sexto tipo mais comum no mundo, e a terceira principal de morte por cãncer. HCC é o principal tipo de cãncer de fígado, sendo responsável por mais de 90 % dos casos em todo o mundo. Infecções crÔnicas de hepatites B e C são as principais causas desta doença, outros fatores de risco relevantes incluem o álcool, tabaco, obesidade e diabetes.
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