As candidatas que foram aprovadas no último concurso da Polícia Militar estão contestando o número de vagas destinadas às mulheres, que é de apenas 6%. Segundo uma das candidatas Regina Teichmann, o edital do concurso foi aberto com mil vagas, mas nem todas foram preenchidas. Foram chamados 857 candidatos aprovados, sendo 765 homens e 92 mulheres e 143 vagas continuam abertas, porque não tiveram candidatos do sexo masculino aprovados. “Apenas as mulheres ficaram no cadastro reserva. Queremos assumir estas vagas que não foram ocupadas pelos homens”, enfatiza Regina.
Regina argumenta que as mulheres estão sendo discriminadas, porque foram aprovadas nos testes e, mesmo assim, não puderam ocupar as vagas. “Enquanto isso, o governo do Estado deve abrir um novo concurso público ainda este ano para contratar novos policiais. Abrir um novo concurso é um gasto totalmente desnecessário”, contesta Regina. Ela salienta que existem Estados, como o Paraná, que lançam edital com uma cota de vagas de 50% para mulheres.
Para conseguir ser aprovada no exame de Saúde do concurso, Regina teve que fazer uma cirurgia nos olhos no valor de R$ 4,2 mil. Muitas das candidatas também investiram em cursos preparatórios e em horas de estudo. Na região de São Miguel do Oeste, um grupo de 54 mulheres se mobiliza para conseguir assumir as vagas que estão abertas. Em todo o Estado são 211 mulheres.
ASSUNTO DISCUTIDO NA ASSEMBLEIA
O deputado estadual Maurício Eskudlark se reúne segunda-feira em São Miguel do Oeste com as candidatas aprovadas. O assunto foi discutido esta semana na Assembleia Legislativa. Eskudlark diz que é favorável ao aproveitamento das vagas e busca uma solução para o problema. “Este tipo de discriminação tem que acabar. As mulheres têm que ser tratadas com igualdade nos concursos”, afirma o deputado. Este ano, a Assembleia Legislativa aprovou uma mudança na lei, que reduziu a altura mínima exigida para o ingresso na polícia. A altura exigida era de 1,65 metros e passou a ser de 1,60 metros.
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