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Com grande atuação do trio Zé Roberto, Vargas e Barcos, Grêmio goleia o Caracas

Última atualização 5 de março de 2013 - 23:44:39

Foi uma noite de encantamento na Arena. Na primeira vitória de um time mandante dentro do grupo 8 da Libertadores, o Grêmio fez 4 a 1 no Caracas com uma facilidade inesperada, consolidou-se na liderança e deu à torcida o direito de sonhar com um futuro promissor na competição.

Barcos, Zé Roberto, com dois gols, Pará e Vargas foram os melhores numa noite em que quase todos tiveram boa atuação. Presentes ao estádio, emissoras venezuelanas não transmitiram a partida, abaladas com a morte do presidente Hugo Chávez.

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SEQUÊNCIA: Como foi o primeiro gol do jogo, marcado por Hernán Barcos

Bastaram 15 minutos para que o Grêmio da goleada contra o Fluminense no Engenhão se materializasse na Arena. Até então, o time parecia um pouco ansioso, com seus movimentos bloqueados pela rígida marcação do Caracas.

A torcida percebeu a instabilidade e passou a incentivar. A receita funcionou. As peças se ajustaram, a partir de Pará, com impetuosas investidas pela direita, e as chances começaram a surgir. Foi do lateral direito o primeiro chute perigoso, que exigiu defesa de Baroja.

A 16 minutos, o goleiro venezuelano soltou cruzamento de Pará, confundiu-se com Werley e Barcos, com esperteza, abriu o marcador, chutando com o gol vazio. Na comemoração, o argentino festejou ao tradicional estilo do pirata, tapando um olho, gesto imitado por todos os jogadores que estavam a seu lado.

Rompida a até então temida retranca do Caracas, o jogo virou uma festa. Dentro e fora de campo. Um minuto após o gol de Barcos, Zé Roberto cabeceou fraco e deixou de fazer o segundo. Aos 20, Vargas esquivou-se de dois marcadores dentro da área e chutou alto. Em sua única investida, o Caracas tentou simular pênalti, numa dividida de Guerra com Barcos.

A torcida sentia que o segundo gol era questão de instantes. Só precisou esperar até 37 minutos. Zé Roberto bateu escanteio e Werley, em salto cheio de estilo, venceu Baroja e ampliou.

A essa altura, os torcedores já improvisavam cantos, batiam palmas, abraçavam-se, tiravam a camiseta do Grêmio e a sacudiam no ar, extasiados com a qualidade reafirmada do seu time. Zé Roberto quase fez o terceiro, em passe de Vargas, e o próprio chileno teve nova chance para fazer.

No segundo tempo, as virtudes da equipe voltaram a aflorar. Sobretudo por Barcos, que aliou técnica com impressionante dedicação. Foi dele o passe perfeito, que levantou o estádio, a 6 minutos, para Zé Roberto marcar o terceiro, com direito a drible no goleiro.
Um vacilo defensivo, do qual também participou o goleiro Dida, possibilitou que Sánchez descontasse de cabeça, a 14 minutos.

Os minutos seguintes foram de intranquilidade para o Grêmio. Erros defensivos passaram a se repetir na frente da área, assustando a torcida, já temerosa do segundo gol. Foi preciso inverter a estratégia. Atacado, o Grêmio passou a responder em lances longos, que encontravam espaços na defesa do Caracas. Foi dessa forma que Elano e Zé Roberto tiveram chances de aumentar a diferença.

A 27 minutos, Pará brilhou mais uma vez pela direita, cruzou rasteiro e Zé Roberto, por trás dos marcadores, fez 4 a 1. Uma envolvente troca de passes nos minutos finais do jogo resultou em gritos de olé, que ecoavam por todos os setores de um estádio que merecia público melhor, pela qualidade do espetáculo exibido dentro de campo. Ficou, para os presentes, a certeza de que o time tem poderio de sobra para avançar na Libertadores.

FICHA TÉCNICA:

GRÊMIO: 4
Dida; Pará, Werley, Cris e André Santos; Fernando, Souza, Zé Roberto, Elano (Marco Antonio, 38'/2º);Vargas (Welliton, 38'/2º) e Barcos
Técnico:Vanderlei Luxemburgo

CARACAS: 1
Baroja; Carabalí, Peraza, Sáncheze Quijada; Jiménez, Juan Guerra, Otero, Peña (Cabezas, 21'/2º), Meza (Lucas, 10'/2º); Cure (Farías, 32'/2º)
Técnico:Ceferino Bencomo

Gols:Barcos (G), aos 16min, e Werley (G), aos 37min, no primeiro tempo; Zé Roberto (G), aos 6min e aos 27min, e Andres Sánchez (C), aos 14min, no segundo tempo;

Arbitragem:Antonio Arias, auxiliado Rodney Aquino e Carlos Caceres (trio paraguaio).

Cartões amarelos:Cris (G); Sánchez, Otero e Guerra (C).

Renda:R$ 1.336.941,00

Público:32.531 (30.307 pagantes).

Local:Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

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