Com adesão de 38,9% dos catarinenses, o índice de isolamento em Santa Catarina é considerado “um tanto quanto preocupante” pelo Secretário de Estado do Saúde, André Motta Ribeiro. A declaração foi feita durante pronunciamento, nesta terça-feira (12).
Com este percentual, Santa Catarina fica quatro pontos percentuais abaixo da média nacional, e longe dos 50% ou 60% considerados ideais pelo secretário.
A última queda iniciou no dia 3 de maio, quando o estado registrava 50% de adesão. Após isso, o estado chegou a bater 37,6% na última sexta-feira (8). Em seguida, subiu para 45,5% no último domingo (10), considerando o baixo e usual fluxo nos fins de semana, e agora segue novamente com pouca adesão.
O rastreamento é feito pela PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina), que mapeia 1,5 milhão de smartphones catarinenses. Os dados são repassados para a empresa In Loco, que realiza o mapeamento desse índice em todo o Brasil.
Desde a liberação dos shoppings, academias e afins, realizada no dia 18, o estado tem registrado um panorama que conta com índices mais baixos, ainda que alguns picos tenham ficado na faixa dos 50%. Após a medida, o estado vive uma “falsa sensação de normalidade”, segundo o ex-secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino.
No início da quarentena, no dia 22 de março, Santa Catarina chegou a apontar 72,8% no mapa da In Loco, o pico. As liberações devem, também, representar um aumento dos casos, algo já admitido pela gestão estadual.
No dia 13 de abril, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou Santa Catarina como o terceiro do país em termos de restrições estaduais, o que foi revertido com as liberações logo após o estudo.
Em 30 dias o número de casos dobrou, de 1.499 para 3.733. Alguns técnicos do Ministério da Saúde haviam apontado o estado como possível novo epicentro nacional, baseando-se no crescimento expressivo das últimas semanas.
A justificativa da gestão estadual foi a realização dos testes – mais de 140 mil – repassados da pasta para Santa Catarina, o que teria permitido contabilizar casos antigos, inclusive de um ou dois meses atrás.
Atualmente, o sistema de saúde pública do estado não encontra-se perto de colapsar, considerando a taxa de ocupação de 16,87% de leitos de Covid-19, reportada no pronunciamento do governo do estado, feito no dia 12.
Em estados com problemas contundentes nesse sentido, como Amazonas e Rio de Janeiro, os índices de isolamento tem sido de 49% e 47%, respectivamente.
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