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Com 27% dos professores sem imunização, SC terá prazo para vacina contra Covid-19

Última atualização 15 de outubro de 2021 - 21:26:52

Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom

Os professores de Santa Catarina têm até o final do ano para estarem completamente imunizados contra a Covid-19. De acordo com o secretário de Educação do Estado, Luiz Fernando Vampiro, a pasta definiu este prazo para avaliar a situação dos profissionais, visto que até esta sexta-feira (15) 73% deles estão com o ciclo vacinal completo.

Segundo o secretário, ainda não há condições de definir se os 27% faltantes estão atrasados ou recusaram a vacina. Conforme os dados mais recentes da SED (Secretaria de Estado da Educação), 98,4% dos professores receberam a primeira dose.

Vampiro ressalta que “existem muitas variáveis” que podem ter influência no número de 27% restantes. Ele citou exemplos pessoais de quem poderia estar gripado ou até mesmo com Covid-19 na data inicial da vacina, e também as diferenças nos calendários entre as cidades catarinenses.

Por isso, o secretário revela que a pasta irá aguardar até o final de 2021 para se preocupar de fato com os eventuais faltantes da vacina.

Obrigatoriedade da vacina para professores de SC

O secretário Vampiro cita que há o planejamento para que a vacina seja obrigatória para que os professores do Estado possam dar aulas. A medida ainda não está em vigor, mas deve ser colocada em prática a partir do próximo ano.

Além disso, a pasta deverá realizar uma busca ativa dos professores que ainda não tenham completado o ciclo vacinal em 2022.

Dessa forma, segundo o secretário, o professor que não estiver completamente imunizado contra a Covid-19 só poderá exercer a função se conseguir justificar a falta na Justiça.

Ao todo, integram o grupo prioritário mais de 201 mil profissionais, entre professores e trabalhadores da equipe gestora, alimentação, transporte, segurança e serviços gerais em escolas e órgãos administrativos de Educação em Santa Catarina.

Secretário cita vacinação como uma das “vitórias” do governo

Em entrevista concedida nesta sexta ao Balanço Geral Florianópolis, da NDTV, o secretário listou as medidas a serem comemoradas pela pasta nos últimos meses, em meio a pandemia.

O retorno das aulas presenciais, ainda em fevereiro, foi um dos pontos destacados por Vampiro. “Santa Catarina, no dia 18 de fevereiro de 2021 foi precursor no país acerca desse momento histórico”, celebrou.

A volta se deu ainda dentro de momentos delicados com relação ao número de casos, mortes e taxas de ocupação de hospitais em Santa Catarina. Assim, a antecipação da vacinação contra a Covid-19 também foi ressaltada pelo secretário como um fator fundamental.

Por fim, Vampiro destaca a valorização dos professores, com o aumento do piso salarial e descompactação dos salários.

“Depois do movimento histórico do primeiro passo da valorização dos profissionais, onde nenhum profissional da nossa rede, com 40 horas semanais e curso superior, receberá menos de R$ 5 mil. E agora, obviamente, mais essa finalização do projeto da descompactação da tabela salarial do magistério”, conclui.

Descompactação da tabela salarial dos professores

A tabela da descompactação dos salários dos professores em Santa Catarina foi apresentada e aprovada nesta sexta-feira. O assunto também foi abordado pelo secretário Luiz Fernando Vampiro na entrevista ao BG.

“Primeiro nós tivemos o mínimo garantido da educação catarinense, nenhum profissional receberá menos de R$ 5 mil. Isso atinge cerca de 66% dos profissionais. E agora nós tivemos a descompactação da tabela, para quem já estava recebendo mais que esse valor, possa obviamente prosperar na carreira, se aperfeiçoar”, explica o secretário.

Conforme informado na coluna de Moacir Pereira, aqueles que com doutorado recebiam cerca de R$ 8 mil passarão a ganhar R$ 11 mil, de acordo com os estudos realizados pelas Secretarias da Educação, Fazenda, Administração e Casa Civil. Os secretários destas pastas irão ao parlamento levar o projeto.

“Nosso objetivo é ensino e aperfeiçoamento, estamos com um teto onde o professor possa atingir R$ 11 mil, é um valor significativo. No meio disso temos especializações, como mestrados, graduações, para que possamos ter competitividade e aperfeiçoamento contínuo deste profissional da educação”, finaliza Vampiro.

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