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Clubes europeus lamentam que Fifa não faça consultas sobre Copa do Mundo bienal

Última atualização 25 de setembro de 2021 - 18:44:05

Foto: AFP / CP

A Associação de Clubes Europeus (ECA) exigiu na sexta-feira da Fifa “um acordo” sobre a reforma do calendário internacional.

A ECA lembrou a entidade de suas obrigações e lamentou “a ausência de uma verdadeira consulta” sobre seu projeto de uma Copa do Mundo a cada dois anos.

Como muitos jogadores do futebol mundial antes, a ECA “acompanhou com grande preocupação” o lançamento pela Fifa “de uma campanha de comunicação” para dobrar a frequência da Copa do Mundo, passando dos tradicionais quatro anos para dois, disse a associação em um comunicado.

Em última análise, o grupo, que representa 247 clubes, é favorável à redução do número de janelas internacionais – semanas em que os jogadores deixam os seus clubes para se concentrarem com as seleções – mas não para uma Copa do Mundo a cada dois anos.

“Não há espaço” no calendário atual, explicou seu diretor jurídico, Michael Gerlinger, no início de setembro. O projeto da Fifa teria “um impacto direto e destrutivo” no futebol de clubes, “colocando em risco a saúde e o bem-estar dos jogadores, diluindo o valor e o significado das competições de clubes e seleções, que entrariam em conflito com os torneios femininos e juvenis”, argumentou a ECA.

A associação, presidida pelo presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfi, denunciou “a ausência de uma consulta genuína, violando direta e unilateralmente algumas obrigações legais”.

A ECA se refere ao acordo que rege suas relações com a instância, que atualmente vai até 2024 e deve ser negociado novamente para esse ano, o que implica “negociações detalhadas e aprovação conjunta do calendário internacional”.

A Fifa planeja organizar uma “cúpula online” no dia 30 de setembro para consultar suas federações membros (países) sobre a reforma do calendário, que busca, entre outras coisas, uma Copa do Mundo mais frequente, organizada a cada dois anos.

O debate sobre um Mundial a cada dois anos foi relançado nas últimas semanas pelo ex-técnico Arsène Wenger, diretor de desenvolvimento da Fifa, que defende um torneio internacional de seleções a cada ano, alternando a Copa do Mundo e competições continentais, como a Eurocopa e a Copa América.

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