Cidasc proíbe todos os eventos com cavalos em Santa Catarina
Última atualização 9 de abril de 2015 - 14:10:25
Foto: Guto Kuerten / Equipe RBS
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) detectou um caso de Mormo (doença que ataca o sistema respiratório) em um cavalo de uma pequena propriedade em SÃo CristóvÃo do Sul, na regiÃo central do Estado.
Diante da confirmaçÃo da zoonose (pode atacar também os humanos), a Cidasc proibiu preventivamente toda a programaçÃo que reúna qualquer aglomeraçÃo de pessoas com a participaçÃo de equinos em SC (rodeios, exposições ou cavalgadas) até o final de semana.
Pelo menos 20 eventos foram cancelados pelo Estado por conta da determinaçÃo, estima Enori Barbieri, presidente da companhia. A circulaçÃo de equinos também está restrita no Estado. Para que as cargas vivas sejam liberadas, será exigida a apresentaçÃo de documentaçÃo atestando a sanidade dos animais. Santa Catarina possui atualmente um rebanho de aproximadamente 103 mil cavalos, mas com um percentual pequeno de cabanhas (reproduçÃo dos animais). A maior parte é para usada para lazer.
Uma equipe técnica da Cidasc foi até a propriedade rural para tentar identificar a origem da doença. Há 11 anos o estado nÃo registrava nenhum caso de Mormo. Por conta disso, nÃo existe nem sequer laboratórios que façam o exame da bactéria em SC.As coletas precisam ser enviadas para análise em SÃo Paulo. A Cidasc também informou a Secretaria de Estado da Saúde para que as pessoas que tiveram contato com o cavalo doente também sejam observadas preventivamente.
Mormo: o que é?
Também conhecida como lamparÃo, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Burkholderia mallei. A infecçÃo por esta bactéria é mais comum entre equídeos (cavalos, asnos e mulas), e acontece através do contato com fluídos corporais dos animais doentes.
Este agente penetra no organismo, alcança a circulaçÃo sanguínea e aloja-se em alguns órgÃos, em especial nos pulmões e no fígado. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas, pneumonia e na presença de nódulos subcutâneos nas mucosas nasais e nos pulmões. Sem tratamento, a infecçÃo pulmonar ou sanguínea costuma ser fatal aos animais em 7 a 10 dias. O controle do mormo é baseado no isolamento da área que contém animais doentes e sacrifício dos infectados.
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