Cerca de 1400 metalúrgicos de seis indústrias estão em greve no Sul de Santa Catarina. O movimento começou na segunda-feira (20) e deve continuar até conseguir uma proposta próxima do que está sendo reivindicado pela categoria. A paralisação foi aprovada em assembleia no dia 17 de agosto.
Representantes do comando de greve se instalaram em frente às indústrias e a orientação é que os funcionários não trabalhem. Na segunda, os trabalhadores de empresas de Criciúma e Cocal do Sul aderiram ao movimento e nesta terça-feira (21), a mobilização deve se estender para a cidade de Araranguá. “Estamos abertos para negociações e aguardando posição dos empresários”, afirma Francisco dos Santos, presidente do Sinmetal.
A direção do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região (Sinmetal) negocia o aumento de salário com representantes patronais desde maio. A última proposta foi de 7% de aumento para todos, sendo 4,9% de INPC, 2,1% de ganho real e R$ 340 de abono. A categoria reivindica 14,9% entre inflação e ganho real. “A gente sabe que o desfile coletivo é uma vez no ano e se a gente negocia mal agora, vai ficar só para julho do ano que vem. Então agora a gente tem que fazer uma boa negociação”, diz Francisco.
A paralisação afeta diretamente a produção de indústrias do setor cerãmico, que dependem de equipamentos fabricados na região. De acordo com representantes do Sindicato Patronal (Sindmaq), os valores reivindicados estão fora da realidade e para que as empresas possam atender o pedido seria necessário demitir funcionários.
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