Centro de Especialidades Odontológicas deverá ser transferido junto ao Posto Central
Última atualização 25 de agosto de 2017 - 10:24:50
A atual situaçÃo em que se encontra o Centro de Especialidades Odontológicas de Palmitos, também tem gerado desconforto para a AdministraçÃo Municipal, que mal assumiu a funçÃo, foi notificada pela vigilância sanitária a tomar providências quanto ao prédio onde se encontra o Centro. A reportagem do Jornal Expresso d’ Oeste recebeu algumas reclamações por parte de profissionais que nÃo quiseram se identificar, com receio de possíveis retaliações, referentes a falta de materiais e condições para trabalho no local. “Ficamos uns dois meses mais ou menos sem luvas, máscaras, gazes, que sÃo de uso de rotina. Falta telefone, computador para digitar relatório, móveis.Até cadeira parada tem lá.Tentamos expor a nova administraçÃo essa situaçÃo, e que tudo que é usado na odontologia foi comprado em nome do Ceo, o que é um erro da antiga administraçÃo, na qual tentamos inúmeras vezes por a importância de mudar isso. Pois atéentÃo temos a fama que o Ceosó dáprejuízo e nÃo é realidade isso, porque nossos atendimentos realizados necessitam muito mais de instrumental que materiais de consumo e a AtençÃoBásica de odontologia sim, faz uso muito mais de materiais de consumos”, reclamaram.
A reportagem do Expresso d’ Oeste procurou pelo prefeito para saber sobre essa situaçÃo, e fomos informados de que, em virtude de questões burocráticas de licitaçÃo, havia falta de material, mas que isso já foi solucionado, e que em alguns casos, faltou apenas organizar materiais que estavam na atençÃo básica e encaminhar ao CEO.“Em primeiro lugar, nÃo queremos que falte material e nem medicamentos, eu estou verificando ainda mais a parte de medicamentos para a populaçÃo, que mais nos cobrou, e em todos os setores, inclusive no Ceo a ordem é se organizar e através do líder apresentar o que está faltando.EntÃo tudo que veio até o momento até nós, tomamos providência inclusive com materiais que foram para o Ceo. Agora também no atendimento odontológico temos oferecido atendimentos na sede na Diamantina,no Ceo e também na rede básica no posto do centro”, enfatiza o prefeito DairEnge.
BENEFÍCIO SOCIAL
O prefeito destaca que, em virtude de o Centro ser um órgÃo regional, o objetivo é mantê-lo, diante do papel social que o município presta para com as pessoas. Hoje o Ceo, realiza em torno de 300 procedimentos mensais, atendendo as especialidades de: periodontia, cirurgia, paciente especial, e endodontia. Atuam no local, sete profissionais na área de atençÃo básica e nove no centro de especialidades, que funciona no mesmo espaço.
“Uma grande parte de outros municípios sÃo atendidos aqui, o Ceo por ser um órgÃo regional hoje, nÃo é autossuficiente, o município está bancando. A gente já avaliou e se for olhar só para o lado financeiro a gente fecha, mas eu tenho que acompanhar e também considerar o efeito social. Quem é que vai no Ceo? SÃo pessoas que nÃo tem condições de fazer uma prótese, entÃo eles vÃo no Ceo porque é gratuito. EntÃo se fecharmos para onde essas pessoas atendidas irÃo recorrer?SÃo poucos os municípios que têm projetos assim, entÃo ele custa bastante para o município, tenho que reconhecer isso,Mas todos estÃo conscientes que se a situaçÃo financeira for complicada, se tiver que tomar medidas elas serÃo tomadas”, afirma.
Ceo será tema de debates na Câmara de Vereadores
A reportagem procurou também o colaborador que tem prestado serviços de coordenaçÃo na saúde básica, Alencar Benvenutti.O mesmo destacou que na próxima segunda-feira, estará na Câmara de Vereadores de Palmitos prestando esclarecimentos a populaçÃo, sobre a atual situaçÃo do Centro de Odontologia, a pedido dos vereadores e convocou a populaçÃo a participar. Informou ainda, que a administraçÃo municipal está realizando reformas junto ao posto de saúde, para transferir primeiramente a AtençÃo Básica Odontológica para lá. “Estamos fazendo uma reforma, agora implantamos primeiro o consultório no posto do centro e a tendência é que todos os consultórios desçam para lá pois, ali onde funciona o Ceo, é um prédio bem antigo, era uma delegacia ali na década de 50. De fato é uma estrutura inadequada e nÃo é vantagem reformar. Foi feito uma análise pelo engenheiro e os custos parecem ser muito altos e o benefício bem baixo. EntÃo, compensa construir algo novo com uma estrutura mais adequada”, aponta.
Ele explica que as medidas de melhorias estÃo sendo tomadas gradativamente. “No atual local, funciona a atençÃo básica e as especialidades juntas. A estrutura atende o CEO, que sÃo trêscadeiras e a atençÃo básica, que sÃo mais duas cadeiras, a estrutura é inadequada para os dois, entÃo começamos pela atençÃo básica as primeiras cadeiras a serem modificadas. A possibilidade é que até o Ceo seja transferido para o primeiro piso do posto de saúde do centro, mas para isso será preciso construir espaços adequados”, adianta.
Nesta semana, a administraçÃo inaugurou a instalaçÃo da cadeira odontológica em parceria com Sitran, Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó, para atendimento no posto de Saúde do Centro.Benvenutti destaca que hoje há uma cadeira parada no centro, por falta de profissionais para atuar com ela. “O material de trabalho está tudo funcionando tranquilo. Eventualmente uma empresa pode atrasar alguma entrega, mas todos os procedimentos sendo estÃo realizados normalmente e as demandas de filas, sÃo atendidas dentro das proporções de complexidade”, afirma.
A VIABILIDADE
O coordenador também defende que um levantamento realizado pelo grupo de odontologia municipal, aponta a viabilidade e permanecia do Ceo no município. “Fizemos um estudo e verificamos o que está no papel oficialmente está erradopois, a conta da atençÃo básica e centro especialidade ia só para a conta de especialidades.EntÃo na hora de verificar os gastos, tinha um custo muito alto creditado apenas ao Ceo, sendo que estava incluído a conta da atençÃo básica. EntÃo estamos refazendo esse estudo inclusive na segunda-feira, na Câmara de Vereadores me convocaram para falar sobre isso também”, reforça.
Ele explica que, o custo benefício social do Ceo, foi calculado em R$850 mil reais em mÃo de obra e serviços para sociedade. “Só o Ceo com as três cadeiras, produzem em mÃo de obra R$850 mil reais por ano, se fossem contratar serviços particulares. E hoje, ele registra gastos em torno de R$350 mil,entÃo de qualquer forma gera lucro para sociedade. O lucro foi calculado em torno de quanto custa o serviço de contrataçÃo particular”, explana.
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