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Celesc reforça alerta para danos da vegetação na rede

Última atualização 14 de janeiro de 2022 - 08:37:04


Foto: Ascom / Celesc – A Celesc reforça constantemente os trabalhos de limpeza e poda dessas áreas, a fim de amenizar a situação


Em um estado com
regiões onde há forte presença de áreas de reflorestamento de eucaliptos e
pinus, os perigos e danos provocados pela vegetação na rede elétrica são motivo
de alerta.

A Celesc reforça
constantemente os trabalhos de limpeza e poda dessas áreas, a fim de amenizar a
situação, mas o problema segue como principal causa das interrupções de energia
no território catarinense.

Em 2021, 14,7% das
quedas no fornecimento registradas foram motivadas por esse tipo de acidente.

No mesmo ano, o
investimento da Celesc com poda e roçada nas áreas de concessão da empresa foi
de aproximadamente R$ 20,3 milhões.

O diretor de
Distribuição da Celesc, Sandro Levandoski, ressalta que esse índice é bem maior
em algumas regiões, podendo chegar a 30%.

Ele reforça a
necessidade da participação da comunidade para que seja respeitado o limite de
afastamento de árvores da rede elétrica.

“A Celesc investe,
anualmente, um valor significativo em ações para amenizar o problema, mas isso
não é suficiente diante da demanda no estado. A população, em especial os
agricultores, tem uma participação muito importante nesse processo, com o
respeito ao afastamento previsto em lei. Com as ações da Companhia e o
envolvimento da sociedade, poderíamos ter uma convivência muito mais harmoniosa
entre a vegetação e a rede elétrica, garantindo que o fornecimento não sofresse
tantas interrupções motivadas por esse problema”, destaca o diretor Sandro
Levandoski.

Gladimir Jeremias,
gerente do Núcleo Planalto, acrescenta que, além da interrupção do fornecimento
de energia e dos consequentes prejuízos aos consumidores, a presença de
vegetação próxima à rede elétrica também representa insegurança à população.

“É um problema que vai
além da falta de energia elétrica. Há os riscos para a população que está
próxima a esses locais, principalmente quando ocorre a derrubada da floresta.
Quando uma árvore cai sobre a rede, pode provocar um curto-circuito ou mesmo um
incêndio, colocando em risco pessoas e também animais”, enfatiza.

O gerente da Unidade Concórdia,
Gilvan Menoso, região que registrou o maior número de interrupções de energia
provocadas por vegetação na rede no ano passado (35,65%), complementa que a
situação é agravada quando há ocorrência de eventos climáticos.

“Além do que
registramos como queda de energia provocada especificamente por vegetação na
rede elétrica, podemos considerar que boa parte das interrupções provocadas por
eventos climáticos e de causa não identificada também estão relacionadas a esse
problema. Isso significa que o percentual do desabastecimento ligado à
vegetação pode chegar a algo em torno de 70% na nossa região”, diz.

Ainda segundo ele, o
aumento das chuvas e de temporais em 2021 se refletiu em um maior número de
desligamentos causados pelo contato da vegetação com a rede elétrica.

Na Unidade São Bento do
Sul, o gerente Carlos Alberto Becker Júnior cita que ações da Celesc vêm
gerando resultado: “Temos intensificado a limpeza, dedicando mais horas a esse
trabalho, além de realizar vistorias nos trechos onde há maior incidência. Com
esse planejamento, já observamos uma redução no número de ocorrências, mas o
problema da vegetação segue sendo a maior causa de interrupção de energia”,
comenta.

 

O que diz a Lei

A Lei nº 17.588, que
estabelece limites para o plantio de árvores exóticas e nativas próximo à rede
elétrica, está em vigor desde 30 de outubro de 2018.

De acordo com suas
diretrizes, seja em área urbana ou rural, a faixa mínima de segurança para o
plantio de plantas de grande porte é de 30 metros (15 metros de cada lado) para
espécies

folhosas, como o
eucalipto, e de 15 metros (7,5 metros de cada lado) para espécies coníferas,
como por exemplo o pinus. Ambas são muito utilizadas em reflorestamentos.

A poda e roçada das
áreas públicas dentro das faixas de segurança são de competência da
distribuidora de energia, e o destino correto do material cortado é de
responsabilidade das administrações municipais.

Já a poda de vegetação
em área particular é dever do proprietário.

Dessa forma, ao
perceber que os galhos estão crescendo muito, o dono do imóvel ou representante
deve providenciar a poda preventiva.

O serviço deve ser
realizado por pessoa habilitada e equipada de forma segura. Caso haja
interrupção no fornecimento de energia motivado por vegetação em propriedade
particular, o acesso da distribuidora ao local é permitido, mesmo sem prévio
aviso ou anuência do proprietário.

Vale destacar que tanto
em áreas particulares quanto públicas, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil
entram em ação apenas quando a queda (ou possível queda) de árvores representa
risco de vida à população. Em caso de dúvida, pode-se ligar para os Bombeiros e
solicitar uma visita ao local para avaliação. São eles que decidem se devem agir
ou se indicam profissionais gabaritados para fazer a poda preventiva da árvore.

 

Siga as medidas de segurança:

– A Celesc deve ser
informada quando houver corte de árvores de grande porte próximas à rede
elétrica

– Caso um fio arrebente
e caia, deve-se considerar a rede energizada, isolar a área e não permitir que
ninguém se aproxime. O proprietário também deve pedir auxílio à Celesc pelo
telefone 08000 48 0196.

– O cuidado com a
operação de máquinas agrícolas também é de extrema importância. Sempre que
forem realizados serviços próximos à rede elétrica, deve-se verificar se não há
possibilidade de encostar alguma parte móvel da máquina nos fios.

– As queimadas nas
proximidades da rede também são definitivamente perigosas, sendo primordial não
acontecerem no local. Mesmo que o fogo não chegue perto dos fios, postes ou
torres, o calor pode provocar curtos-circuitos.

– O proprietário da
área de reflorestamento pode sofrer ações judiciais por descumprimento da lei,
podendo ser responsabilizado pelos danos causados a terceiros e à Celesc.

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