Teve início na segunda-feira (21) a perfuração de um poço artesiano que deve atender a demanda da Casan em épocas de estiagem e com pouco fluxo de água na captação. A perfuração é realizada pela empresa PFG Poços Artesianos, de Tapejara/RS, que foi vencedora da licitação, próximo à captação da Casan, e deve ser finalizada ainda esta semana.
Apesar de a perfuração ter previsão de ficar pronta nesta semana, o abastecimento deve iniciar daqui a 90 a 120 dias, conforme relato do chefe da Casan de Cunha Porã, Francisco Cozer. “Após a finalização da perfuração temos a instalação de bombas adutoras, bombas essas que devem ser adquiridas por licitação e segundo a vazão do poço. Tem também a instalação elétrica e demais processos para que então possa entrar em funcionamento”, confirma.
A vazão que o poço terá ainda não pode ser estimada, mas Cozer afirma que isso será possível assim que a perfuração for concluída. “Se a vazão for boa, deve suprir a necessidade do município em tempos de estiagem. Caso seja atingida a vazão de 12 a 20 metros cúbicos por hora, vai suprir o consumo”, afirma.
A perfuração terá a profundidade de 300 metros e, como já comentado, vem como um suporte à atual captação realizada pela Casan em Cunha Porã.
TRATAMENTO
Conforme Cozer, a água será tratada e jogada no sistema. Já a água da captação continua indo para a Estação de Tratamento (ETA) e então abastecendo o município. “Ainda não foram definidos os bairros que o poço vai atender, mas dependendo da vazão dele irá atender um número determinado de unidades consumidoras e a captação continua no período integral”, exemplifica.
Segundo o chefe da Casan em Cunha Porã, o tratamento da água do poço artesiano será o mesmo realizado na ETA. “Será tratado, clorificado, usado flúor, feitas as análises diárias da qualidade de água, tudo terá o padrão de quando a Casan fornece quando a questão é subterrânea”, frisa.
PROJETO SURGIU A PARTIR DE UMA NECESSIDADE
A perfuração do poço artesiano em Cunha Porã teve o projeto instaurado no fim do ano 2020, quando o município sofreu com a estiagem e foi necessário que a Casan puxasse água com caminhões para poder realizar o abastecimento. A partir de então entrou em pauta e, como explica Cozer, foi para a ata de compra. “Agora tudo está formalizado e foi feita a aquisição por meio de licitação e adquirida a perfuração pela Casan”, explica.
Para auxiliar no processo, em maio a prefeita de Cunha Porã, Luzia Vacarin, esteve em Florianópolis e em audiência com a presidente da Casan, Roberta Maas dos Anjos, reivindicou agilidade para resolver o problema do abastecimento em tempos de estiagem.
Após a conclusão da implantação do poço artesiano, Cozer lembra que o próximo passo é fazer a melhoria na captação, fazer a barragem, sobre a qual já foi realizada a licitação por duas vezes, mas nenhuma empresa compareceu. “Então depois que a questão do poço estiver organizada, ainda queremos fazer a nova barragem. Não podemos parar, os investimentos vão continuar ao longo do ano”, anuncia.
O chefe da Casan finaliza comentando que hoje a captação supre a necessidade de Cunha Porã, trabalhando de 19 a 20 horas por dia, mas o poço será uma garantia de abastecimento em tempos de necessidade. “Hoje está sobrando água, mas o poço é um abastecimento subterrâneo que em momentos de estiagem deve suportar mais, assim mantendo a demanda do município”.
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