O movimento grevista dos caminhoneiros que iniciou na semana passada com um dos primeiros pontos de paralisação em São Miguel do Oeste ganhou força e já atingem pontos em sete estados brasileiros. O Estado de Santa Catarina é o que registra o maior número de pontos paralisados, com interdição de rodovias em mais de 20 pontos. Nos locais é permitida a passagem de coletivos, carros de passeio, cargas vivas e de raça. No Extremo-oeste, os protestos mais significativos acontecem nos trevos de São Miguel do Oeste, Guaraciaba, São José do Cedro.
O movimento ganhou ainda mais força com a adesão de outras classes. Os agricultores também passaram a protestar, impulsionados pela crise do leite. O comércio se solidarizou. Na cidades de São José do Cedro, Guarujá do Sul e Princesa, os comerciantes não abriram as portas na manhã de ontem, terça-feira, dia 24. Em Guaraciaba, o comércio ficou fechado pela parte da tarde. Em São Miguel do Oeste, o comercio foi fechado às 17h de segunda-feira. Ontem, terça-feira, abriu normalmente.
Com o tráfego impedido de hortifrútis e combustível, começa a falta opções para o consumidor. Em São Miguel do Oeste os postos já começaram a fechar na sexta-feira devido à falta de combustível e nos supermercados já faltam produtos. Segundo um dos organizadores do movimento no trevo de São Miguel do Oeste, Junior Bonora, a paralisação segue por tempo indeterminado.
A Polícia Rodoviária Federal destina reforço para a região para evitar um possível conflito. Chegou a circular a informação de que o estado pediria o auxílio da Força Nacional, o que foi negado pela assessoria de comunicação do governo através de nota à imprensa. Segundo Junior Bonora, os manifestantes não se sentem intimidados, já que o movimento é ordeiro e não apresenta incidentes até o momento. Bonora ainda agradeceu o apoio recebido do comércio e dos agricultores.
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