Home Brechós são uma boa alternativa para enfrentar a crise sem sair da moda

Brechós são uma boa alternativa para enfrentar a crise sem sair da moda

Última atualização 8 de março de 2016 - 10:53:43

Quando a gente deixa de lado o preconceito, podemos descobrir coisas maravilhosas naquilo que, antes, nos causava um certo desconforto. É isso que está acontecendo com os brechós, locais que já foram considerados por muitos como um acumulado de roupas velhas, fora de moda, com cheiro de mofo e a preço de banana. A última característica ainda se mantém verdadeira, e é ela que vêm conquistando cada vez mais o público.

– As vendas estÃo melhores e acredito que isso se deva a nova forma que as pessoas têm de enxergar o mercado da moda, aliado a tempos de crise. Hoje o produto usado nÃo é descartado, ele pode ser reutilizado sem o menor problema e com um bom custo benefício – esclarece a produtora de moda Jaqueline Scissar, 27, que é também uma das proprietárias do Garimpário, brechó online, que tem parceria em duas lojas fixas da cidade e uma kombi para atuar em eventos.
As amigas Janete Hartimann, 43, e Marileia Rocha, 37, estÃo sempre em busca de novidades. Moradoras do Rio Tavares, elas buscam nos brechós do Centro da Capital roupas para a família inteira.

– Sempre tem peças boas e de qualidade nos brechós, o problema é que as pessoas ainda estÃo presas ao pensamento de que brechó é só coisa velha, mas nÃo é – afirma Janete.

No Centro de Florianópolis, é fácil encontrar lojas com peças novas e seminovas, algumas com valor inicial de R$ 5, variando de acordo com o estado de conservaçÃo e marca do produto. Geralmente, elas sÃo oferecidas por alguma cliente ou é mercadoria adquirida de outras lojas que estÃo fechando.

Tem vestido, calça, saia, roupa de festa, calçados, lenços, bolsas, bijuterias. Dá pra sair preparada para qualquer evento, sem fazer feio e sem gastar muito. Procurando bem, dá para encontrar até vestidos de noiva por um bom preço.

Com cerca de R$ 80, você pode montar um look dos pés a cabeça – essas lojas também vendem perucas e chapéus.

E quem pensa que isso é coisa de gente velha, nÃo é nÃo. Na maioria deles, o público, que é predominantemente feminino, tem faixa etária entre 20 e 40 anos, mas homens e crianças também têm vez nas lojas.

Passeio pelos brechós do Centro

A produtora de moda Jaqueline Scissar, que há oito anos trabalha com moda brechó, acompanhou a reportagem da Hora em um passeio pelo Centro da cidade para mostrar o que se pode encontrar nestes lugares. Ela ainda deu algumas dicas de como se vestir bem com roupas usadas gastando pouco.

Dicas:

– Busque peças coringas, aquelas que sabe que sempre vai usar porque nunca vÃo sair de moda. Calças, camisas lisas, vestidos, branco e preto. Estampados que nÃo marcam muito, como florais, poás e listras.

– Para comprar em brechó tem que ter paciência. Nem sempre o primeiro local que você entra é onde encontra as peças que gosta.

– É bom ir com a cabeça aberta, sem uma peça específica, porque nesses locais há uma rotatividade muito grande de mercadoria. Procure alguma coisa que nÃo seja para uma única ocasiÃo, mas que você terá a oportunidade de usar mais vezes. Assim, além de economizar, evita corre corre nas lojas.

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