A maioria dos cerca de 600 bebês diagnosticados com a doença por ano na Grã-Bretanha morrem alguns dias após o nascimento.
Scarlett Dougan nasceu com a Síndrome do Coração Direito Hipoplásico – mal formação congênita que mantém o lado direito do coração menor que o esquerdo e sem funcionar corretamente -, o que fazia com que o sangue não chegasse suficientemente até seus pulmões.
Diferentemente do que normalmente acontece, a menina, que nasceu em Glasgow, não foi diagnosticada ainda no útero da mãe, por ultrassom.
A mãe de Scarlett, Nichola, percebeu o problema ao notar a diferença de temperamento entre Scarlett e seu irmão Nathanial, de 23 meses.
“Nathanial é um menino muito feliz e Nicola parecia triste o tempo inteiro e gritava muito.”
Assim que foi levada para exames no hospital local, Scarlett foi admitida na Unidade de Terapia Intensiva e os médicos deram início ao tratamento.
Segundo Nichola, os médicos disseram que a menina superou todas as expectativas ao viver tanto tempo sem que se soubesse do problema.
“É um milagre que ela ainda esteja aqui”, diz a mãe.
“Normalmente o problema de Scarlett seria diagnosticado em um ultrassom na 22ª semana de gravidez. Antes de existir a tecnologia, os bebês simplesmente iam para casa e morriam.”
Desde o diagnóstico, a menina passou por duas grandes cirurgias, nas quais os médicos redirecionaram algumas de suas principais artérias diretamente para os pulmões, para aumentar o fluxo de oxigênio.
Eles dizem que Scarlett, que agora tem oito meses, deverá ter uma infãncia normal, mas provavelmente precisará de um transplante de coração no início da adolescência.
A má formação, ainda mais rara do que a Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico, coloca uma pressão extra no lado do coração que funciona bem. O excesso de trabalho pode acabar fazendo com que o órgão entre em colapso.
A família de Scarlett organizou uma festa para arrecadar dinheiro para o hospital infantil Yorkhill, onde a bebê recebeu o tratamento.
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