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Aumento nas exportações de carne suína não alivia produtor

Última atualização 27 de abril de 2016 - 13:52:35
As exportações brasileiras de carne suína saltaram no primeiro trimestre do ano e Santa Catarina liderou a comercializaçÃo, com 58 mil toneladas embarcadas entre janeiro e março. O volume aponta para um crescimento de 74% em relaçÃo ao mesmo período do ano passado, segundo dados da AssociaçÃo Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Mesmo com os ganhos, o cenário otimista das exportações nÃo aliviou a situaçÃo do produtor.

De acordo com o presidente da AssociaçÃo Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Lorenzi, o valor da exportaçÃo nÃo interfere no preço do mercado interno. “SÃo exportados em torno de 15% a 18% daquilo que é produzido e as agroindústrias nos passam que, devido a fatores como instabilidade no dólar, isso nÃo é repassado ao produtor.

Também argumentam que o dólar por tonelada caiu em relaçÃo ao ano passado.”

Nova queda

Neste mês, o valor pago pelo quilo do suíno vivo caiu mais R$ 0,10. As principais agroindústrias estÃo com remuneraçÃo entre R$ 2,70 e R$ 2,80 por kg, segundo a ACCS. Losivânio explica que os custos de produçÃo giram em torno de R$ 4 e os prejuízos deixam o suinocultor sem saída.

“O suinocultor está desesperado. Estamos buscando alternativas junto ao governo para mudar essa realidade, porque nÃo tem como produzir dessa forma, pagando para trabalhar”,

Somada à queda no preço pago pelo suíno está o alta nos insumos. O valor da saca do milho continua elevado, entre R$ 52 a R$ 56. Já a tonelada da soja é vendida a R$ 1.450.

Soluções

Para dar fôlego aos produtores independentes, os suinocultores pedem isençÃo do PIS/Cofins e uma cota extra de milho para Santa Catarina. Durante audiência na última semana, em Brasília, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, confirmou a liberaçÃo da cota e de financiamento para retençÃo das matrizes.

A isençÃo do PIS/Cofins, é importante para que os produtores possam comprar a saca por um valor mais em conta. “Se nÃo existir uma política diferenciada nÃo temos perspectivas promissoras. Caso a gente nÃo tenha resultado positivo, acredito que de 30% a 40% dos produtores vÃo desistir da atividade”, alerta Losivânio.


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