Aumenta o número de mulheres jovens com câncer de mama
Última atualização 10 de março de 2017 - 09:00:13
Na quarta-feira, dia 8, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher. Data também para reforçar a prevençÃo do câncer de mama. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam para um acréscimo de 2,6% na porcentagem de aparecimento do câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos entre 2010 a 2015.
Esse dado também acompanha a realidade regional. Para a médica patologista, Rosane Aguiar Zin, houve um aumento nos casos positivos em mulheres jovens, abaixo dos 40 anos. Além disso, nessas mulheres os tumores tendem a ter uma agressividade maior. “Ainda temos muitos casos de diagnóstico tardio, onde o tratamento se torna paliativo”.
Apesar disso, as mulheres brasileiras vÃo mais ao médico do que os homens. É o que mostra uma pesquisa realizada em conjunto entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). A publicaçÃo revelou que 71,2% dos entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores à entrevista. Entre as mulheres, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens. A mídia tem sido uma grande aliada nas campanhas sobre o câncer de mama, entre elas o Outubro Rosa. “Com o auto exame, muitas mulheres conseguem fazer a detecçÃo de um nódulo com apenas um toque. A eficácia do tratamento está comprometida nos casos de diagnóstico tardio, onde teremos uma sobrevida mais baixa e um prognóstico reservado”, ressalva Dra Rosane.
DIAGNÓSTICO
O auto exame e a mamografia sÃo os primeiros passos para o diagnóstico do câncer de mama. Com a detecçÃo, a biópsia é o método utilizado para comprovar se o nódulo é benigno ou maligno. O mesmo consiste na retirada de um pequeno fragmento de tecido para ser analisado.
Dra. Rosane explica que existe a biópsia incisional e excisional. Na incisional, remove-se apenas parte da lesÃo por meio de incisÃo cirúrgica. No caso da excisional, toda a lesÃo suspeita é retirada para estudo anátomo patológico.
No caso de mama, na maioria das vezes se faz uma core biopsy (biópsia com agulha grossa guiada por ultrason), que é uma biópsia incisional. À partir do diagnóstico, onde a lesÃo será histologicamente classificada, o médico mastologista irá planejar o tratamento adequado para cada paciente, que pode compreender quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia.
A dor durante o procedimento de biópsia é mínima e suportável, sendo sempre guiada por ultrason. Logo, precisa ser feito em clínicas de Diagnóstico de Imagem e podem ser realizados pelo próprio médico radiologista.
Após a realizaçÃo do procedimento, o exame é encaminhado para o laboratório de Patologia, onde o médico patologista tem a responsabilidade de classificar e diagnosticar a lesÃo.
Estudos da Sociedade Brasileira de Mastologia – regional Distrito Federal, mostram que o diagnóstico precoce leva a um índice de cura de até 95% e que, entre os 40 e 50 anos, o ganho de diminuiçÃo de mortalidade com a mamografia é menor que entre os 50 e 69 anos.
Diante de todos esses fatos, cabe ressaltar que diagnóstico precoce salva vidas e que o autoexame ainda é o principal aliado.
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